"Mídias sociais viraram protagonistas", diz editora de Viagem do Estadão

Adriana Moreira participou de debate na Unisinos Porto Alegre ao lado de outros quatro profissionais

Alencastro, Adriana, Analise, Fernanda, Zaman e Sílvia - Divulgação/Coletiva.net

A linguagem nas narrativas de viagem sofreu significativas transformações ao longo dos últimos anos. Com isso, os jornalistas que atuam na área começaram a poder se inserir enquanto personagens nas reportagens, trazendo sua experiência pessoal, uma disruptura do modelo utilizado até então. Outra evolução foi o surgimento das redes sociais que se tornaram protagonistas na contação de histórias, conforme defendeu a editora de Viagem do Estadão, Adriana Moreira, na noite desta quarta-feira, 9, na Unisinos Porto Alegre. A comunicadora debateu sobre o tema junto com outros quatro profissionais, sob a condução da professora da instituição Analise Zanoni, que coordena a plataforma TravelTerapia.

Adriana fez menção ao Instagram, com destaque para a funcionalidade do Stories, que, para ela, revolucionou a narrativa. "Une vídeo, informação, texto, imagem e, além de tudo, tem graça", pontuou. Compuseram a mesa-redonda o fotógrafo Bruno Alencastro; a gerente de Branded Content do Grupo RBS, Fernanda Pandolfi; o diretor de Marketing da Império Persa Home Design, Pedram Zaman; e a jornalista Silvia Dalcin Dalmás. Cada um compartilhou suas experiências com viagens e, juntos, discutiram sobre como é trabalhar com este tipo de conteúdo.

Para Bruno, as evoluções apontadas por Adriana também ocorrem na fotografia. "A produção da imagem foi inovada, assim como o discurso visual", defendeu, ao listar alguns pontos que considera importantes para quem busca atuar na área. Segundo ele, o fotógrafo deve sempre buscar por novas experiências e brincar com as infinitas possibilidades que uma câmera fotográfica proporciona. Fernanda Panolfi, no seu discurso, falou sobre como é trabalhar com branded content e contou sobre o projeto Ida e Volta, que lançou em 2016.

Zaman explanou sobre as viagens que organiza para a Índia, para onde leva arquitetos e profissionais de design, com o objetivo de mostrar as diversidades culturais daquele país. Para finalizar, Sílvia relembrou a época que coordenou atividades voluntárias em uma aldeia no Peru, que atende crianças de cinco a 15 anos. "É uma experiência que levarei para o resto da vida, pois, além de ajudá-los, eles me ajudaram muito", declarou. A jornalista se dedicou ao trabalho por oito meses.

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