"Toda mudança dá medo", diz editor-chefe Digital do La Nación

Diego Japas conversou com jornalistas e estudantes no encontro Em Pauta ZH, promovido pelo Grupo RBS nesta terça-feira

Divulgação/Coletiva.net
"Toda mudança dá medo. Mas é saudável". A afirmativa é do editor-chefe Digital do jornal argentino La Nación, Diego Japas, que falou sobre as estratégias digitais do veículo na noite desta terça-feira, 30, durante o Em Pauta ZH. Promovido pelo Grupo RBS, este foi o 13º encontro da série, desde sua criação, em junho de 2015.
Sob mediação do vice-presidente Editorial do Grupo RBS e presidente do Fórum Mundial de Editores, Marcelo Rech, Japas contextualizou as mudanças na redação do jornal que resultaram das novidades e tendências tecnológicas e digitais. "Somos um dos primeiros periódicos argentinos a ter versão online. Mas implementar esta nova mentalidade na empresa não é tão simples. Hoje, inovação faz parte do DNA do La Nación", falou para um público de, aproximadamente, 80 pessoas, entre estudantes e profissionais de imprensa.
Ciente de que há um público que não consome as informações do veículo, Japas desenvolveu um projeto que seria publicado, inicialmente, no Facebook, para, então, ser veiculado na página do jornal. ""Emoções" é uma forma que encontramos para chamar a atenção destes leitores que não estão habituados a ler nosso conteúdo", explicou, ao mencionar que o projeto se trata de conteúdo emocional, que impacta no sentimento do leitor, com histórias de pessoas, por exemplo. "É preciso entender o que, quando e onde o leitor quer consumir a informação."
Com o intuito de atingir todos os tipos de público, o jornal, além das versões impressa e digital, também está presente no mobile e na TV. Japas informou que a mesma equipe de jornalistas produz conteúdo para todas as plataformas, identificando cada formato. "O mobile não deve ser o espelho da home page do site. É preciso que haja uma convergência entre uma estrutura clássica da web e outra que seja própria para mobile, e não simplesmente adaptar para a tela do smartphone", defendeu.

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