Alunos da Famecos ocupam prédio em protesto contra PEC 241

Cerca de 50 estudantes passaram a noite divididos entre uma sala de aula e o saguão do prédio 7

Reprodução/Facebook CAAP
A Faculdade de Comunicação da PUC está ocupada por estudantes que protestam contra a PEC 241 - proposta do Governo Federal que prevê corte de gastos em Educação - desde a noite desta quarta-feira, 9. Cerca de 50 alunos passaram a noite no prédio 7, divididos em dois grupos: um no saguão e outro em uma sala de aula. Uma reunião realizada durante a madrugada desta quinta-feira, 10, contou com três representantes da Pró-Reitoria da PUC, o coordenador do curso de Jornalismo, Fábian Chelkanoff, três estudantes e a advogada que representa os universitários, Ana Luiza Teixeira Nazário.
No encontro, ficou assegurada a ocupação, sem interferência no decorrer das aulas. A segurança da instituição foi orientada a pedir identificação dos alunos que quisessem adentrar o prédio, e os demais puderam permanecer no saguão. No princípio da movimentação, houve tumulto com alguns seguranças locais, que chegaram a agredir uma aluna e, como consequência, esta teve um ferimento na cabeça. Após a reunião da madrugada, os ânimos foram acalmados e o protesto se mantém até este momento, sem previsão de encerramento.
Conforme nota divulgada pelo Centro Acadêmico Arlindo Pasqualini (CAAP), a decisão de ocupação "foi praticamente unânime pelos estudantes de Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Letras", que participaram da assembleia geral convocada pelo CAAP e pelo Diretório Acadêmico Manuel Bandeira (DAMB), ainda no final do dia de quinta-feira. "Ocupamos para nos somarmos às paralisações nacionais contra a PEC 241 / PEC 55. (?) Isso atinge diretamente quem estuda na PUCRS porque põe em risco programas como FIES e ProUni. Bolsas de iniciação científica e os empregos dos professores também ficam comprometidos. É por esses e outros muitos motivos que resistimos e convidamos todos e todas a se somarem. Vamos debater a PEC, ocupar o nosso espaço e pensar que futuro queremos!", registra a nota.
Coletiva.net seguirá acompanhando os desdobramentos da ocupação, que é a primeira em uma universidade privada do Rio Grande do Sul.

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