Abert lança relatório sobre violações à liberdade de expressão

Associação registrou assassinatos, agressões, ameaças, intimidações e ataques aos profissionais de imprensa em 2016

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) lançará nesta terça-feira, 21, o relatório de 2016 sobre violações à liberdade de expressão no Brasil. A entidade registrou assassinatos, agressões, ameaças, intimidações e ataques como algumas das formas de violência sofridas pelos profissionais da comunicação no último ano. O evento de lançamento ocorrerá às 9h30, na sede da Abert (SAF/SUL quadrante 02 Bl D Sl 101 Ed. Via Esplanada - atrás do Anexo do Ministério da Saúde, em Brasília).
A entidade frisa que a frequência e o aumento do número de casos são preocupantes e considera inaceitável que profissionais da imprensa sejam impedidos de atuar na cobertura de fatos de interesse da sociedade. A quantidade de casos registrados no último ano colocou o Brasil na lista dos países mais perigosos para o Jornalismo.
Um exemplo citado pela associação foi o que ocorreu na quinta-feira, 9, com o ataque sofrido pela sede da Rede Gazeta, em Vitória (ES), onde funcionam todos os veículos de comunicação do grupo. A emissora foi atingida por quatro tiros durante a madrugada e os disparos quebraram as vidraças do auditório, onde são realizados eventos e reuniões. No momento do ataque não havia nenhum funcionário no local.
"Apesar de ter uma democracia consolidada, o Brasil ocupa uma triste posição entre os países mais violentos do mundo para exercer a profissão de jornalista. As agressões infringem um direito constitucional, que é o acesso à informação. Além disso, a violência ameaça profissionais da comunicação e destrói materiais dos veículos da mídia. Qualquer tentativa de calar a imprensa deve ser repudiada e condenada", afirma o diretor-geral da Abert, Luis Roberto Antonik.

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