Familiares de jornalistas processam Chapecoense pelo acidente aéreo

Advogado dos parentes dos profissionais de imprensa mortos na queda do avião alega que a responsabilidade é do clube


Famílias de sete jornalistas vítimas do acidente aéreo ocorrido em novembro do ano passado em Medelín, na Colômbia, entraram com processo jurídico contra a Associação Chapecoense de Futebol. Conforme o advogado dos parentes dos profissionais de imprensa mortos na queda do avião, João Tancredo, a culpa é do clube por ter fretado a aeronave. "A Chapecoense terá que ser processada, não tem jeito. Ela tem responsabilidade sobre o transportado, ela teria que deixá-lo em seu destino", declarou.
Tancredo solicitou à Justiça o contrato acordado entre o time de futebol e a empresa aérea LaMia, a fim de verificar quem ficou responsável pela indenização, em casos de acidente. "Teria que ter sido feita apólice de seguro em nome dos passageiros. Ela é obrigatória", afirmou.
O advogado está apurando quem realizou o pagamento das passagens aéreas dos jornalistas e demais profissionais de imprensa que estavam no voo. Segundo Tancredo, se houver a comprovação de que os veículos de Comunicação custearam as viagens, estas empresas também terão responsabilidade indenizatória.
O vice-diretor jurídico da Chapecoense, Luiz Antônio Palaoro, argumentou que os parentes de todas as vítimas devem se unir contra os culpados pelo acidente. "O advogado está no direito de fazer o que quiser, mas não somos responsáveis pelo acidente; somos vítimas também. O ideal é nos unirmos para brigar com seguradoras, com a companhia aérea e com o governo boliviano", defendeu.
Ainda segundo Palaoro, as famílias dos jogadores e funcionários do time receberam indenização de 28 salários pela Chapecoense e 12 da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). "As famílias dos jornalistas também já receberam os seguros feitos por suas empresas", contou, e afirmou que o clube não possui recursos financeiros para pagar "indenizações milionárias".

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