Mudança no consumo de música pauta fala de Renata Lodi

Head de Creative Solutions do Spotify apresentou as transformações, do analógico ao digital, neste segmento

Renata Lodi | Divulgação/Coletiva.net
A responsável pela área de Creative Solutions no Spotify Brasil, Renata Lodi, abordou, no segundo painel desta manhã, no Congresso de Estratégia Criativa 2017, as mudanças no consumo de música ao longo dos anos. "A música é uma ferramenta poderosa na vida das pessoas, é ela quem dita o ritmo do dia a dia", argumentou para demonstrar a importância do assunto. Para manifestar as evoluções no cenário, Renata apresentou uma linha do tempo, que, segundo ela, é fundamental para compreender estas transformações. A fim de comprovar a argumentação, exemplificou com a associação da maioria das pessoas ao rosto de Maria Bethânia ao período da Tropicália.
A sociedade sofreu a primeira mudança com a chegada do rádio nas casas. A partir disso, as pessoas não precisavam mais ir aos shows para conferir as últimas tendências no setor. "É o momento em que a música vai até as pessoas e quando elas querem ouvir." Na sequência, mostrou que o protagonista dos lares se tornou o vinil, permitindo que as pessoas construíssem sua própria identidade musical, e as fitas-cassetes, possibilitando que a música acompanhasse as pessoas. Também mencionou o auge dos videoclipes, que marcam a estreia da música na TV e se tornam uma opção de entretenimento.
A segunda transformação é quando o sistema de produção musical deixa de ser analógico para se tornar digital. "Aqui, a música se torna um produto mais barato e se populariza e, consequentemente, os modelos de negócios são repensados", explicou, e exemplificou com a organização do Grammy aceitar álbuns digitais no concurso.
Após, identificou que nenhum dos aspectos da linha do tempo mencionada se perdeu completamente. De acordo com Renata, a herança é vista até hoje, como, por exemplo, através das capas dos álbuns que são quadradas devido ao formato do envelope do vinil. "Estamos vivendo uma revolução intensa, onde nunca foi tão fácil consumir música. Isso representa uma verdadeira revolução", encerrou.

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