O que seria dos veículos de comunicação não fossem os governos e, atualmente com muito peso, sindicatos e conselhos profissionais? Nunca como antes neste país, órgãos públicos e paraestatais tornaram-se importantes anunciantes. Rádios e jornais, especialmente, têm seus espaços valorizados por estes entes, que deixaram de ser considerados inexpressivos como anunciantes. CREA, CAU, Sescon RS, CRC (dos Contabilistas), Sindiconta RS (dos Contadores), Simers, Cremers, todos estão lá, patrocinando programas de rádio ou espaços e colunas em jornal. Até para TV sempre sobra alguma coisa.
Alguns, como o CPERS, o sindicato dos professores, descobriram mais recentemente um outro filão, o da propaganda testemunhal, em que o apresentador do programa lê um texto ao vivo como se fosse sua própria opinião. Custa mais caro, pois tem o adicional referente ao cachê do comunicador, mas tudo indica que o custo-benefício vale a pena.
Assim, ao lado de órgãos como Sebrae, Fecomércio e Fiergs, entre outros, conselhos e sindicatos levam alegria para os departamentos comerciais dos veículos. Uma alegria que só não é completa porque a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, em crise com suas finanças, está completamente ausente da mídia este ano. Pior, ainda não pagou muitas contas de 2016, herdadas da administração anterior.