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Perfis de profissionais também são discutidos por debatedoras
Andressa Giongo defendeu diálogo entre gerações distintas, enquanto Manoela acredita que diferença exista nas pessoas e não na periodicidade de nascimento
Crédito: Maicon Hinrichsen/Coletiva.net Os perfis de profissionais na área da Comunicação Social também foram abordados pelas debatedoras. A gerente-executiva de Gestão de Pessoas do Grupo RBS, Andressa Giongo, afirmou que, a exemplo de um executivo da IBM, que fazia questão de ter um estagiário por ano próximo a ele, as gerações precisam dialogar e conviver em harmonia. "É preciso não perder as referências e valorizar o que cada uma pode oferecer", opinou, garantindo que a base desse vínculo é respeito e colaboração mútua. Também defendeu que as organizações façam uma leitura da personalidade dos colaboradores para melhor gerenciá-los. Em contraponto, a professora da Escola de Humanidades da PUC Manoela Ziebell não enxerga as gerações como diferentes, mas as pessoas. Com um breve exercício, fez com que o público presente no auditório do Tecnopuc compreendesse seu raciocínio: "Um indivíduo que usa todas as redes sociais que estão ao seu alcance, que se irrita quando a internet não acompanha as agilidades de sua rotina, que fala diariamente com amigos próximos ou mais distantes. A qual geração esta pessoa pertence?". Após a provocação, contou que as características dizem respeito a sua avó, de 97 anos, falecida há poucos meses. Acrescentou que qualquer pessoa, hoje, se encaixaria neste perfil, porque não é a periodicidade de nascimento que importa, mas o comportamento e as experiências as quais ela é submetida. Trazendo o ponto de vista dos universitários, a estudante de Jornalismo da Uniritter Shállon Teobaldo assegurou que não é fácil para as empresas fazerem com que gerações distintas convivam juntas e em sintonia. "É uma troca muito valiosa, pois ambos temos o que ensinar. Acho que o intercâmbio de experiências é fundamental." Ela complementou que os professores deveriam ter experiências práticas com as quais lecionam: "Um professor que ensina técnicas de Jornalismo, mas nunca colocou o pé na lama para entrevistar alguém, não deveria ensinar isso. Sem nunca ter ido para rua, como pode ensinar a fazê-lo?".