Pesquisa da Abert revela aumento no número de agressões a jornalistas

Entre eles, o número de profissionais assassinados, que diminuiu de oito, em 2015, para dois, em 2016

Uma pesquisa anual divulgada pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), na última semana, faz alusão ao tema "Violações à liberdade de expressão", que visa a mapear casos de violência contra jornalistas no Brasil. O número de assassinatos diminuiu de oito, em 2015, para dois, em 2016. No entanto, os registros de "agressões físicas, atentados, ataques, ameaças e intimidações" tiveram alta de 62,26%: 116 em 2015 contra 172 no último ano.
Agentes de segurança pública são apontados como os maiores responsáveis por casos de violência contra profissionais, seguidos por manifestantes. O presidente da Abert, Paulo Tonet, acredita que há uma incompreensão em relação ao real papel dos profissionais da imprensa. "Talvez seja um dos mais graves problemas que devem ser enfrentados. A inclusão, nos treinamentos, sobre como tratar os profissionais e veículos de comunicação na cobertura de eventos públicos seria extremamente relevante e atenuaria os casos que estamos lamentavelmente relatando", pontua.
O evento foi sugerido pelo deputado Paulão (PT-Alagoas) e apresentado à Comissão de Direitos Humanos e Minorias, na Câmara dos Deputados. De acordo com o Jornal do Brasil, o político lamentou o quadro apresentado pelo País. "O Brasil é o quinto país com mais ataques aos jornalistas, à frente, inclusive, de países em guerra civil, como o Iêmen", concluiu.

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