"Obedece quem tem juízo, e sou muito ajuizado", diz Wianey sobre saída da RBS

Com 22 anos de empresa, comunicador deixou o grupo de mídia no fim de julho

Wianey Carlet | Reprodução
"Manda quem pode, obedece quem tem juízo. E eu sou muito ajuizado." Esta declaração reflete o posicionamento de Wianey Carlet sobre sua saída do Grupo RBS, no fim de julho. Por decisão da empresa, o comunicador deixou os microfones da rádio Gaúcha e seu espaço diário em Zero Hora depois de 22 anos na casa.
Em conversa com Coletiva.net, ele informou que seu afastamento teve como motivo o episódio que protagonizou no sábado, 29, quando, durante a apresentação do Supersábado, sem perceber que os microfones estavam ligados, expressou sua opinião sobre a morte do colunista Paulo Sant"Ana, que faleceu em 19 de julho. No áudio vazado, Wianey disse que não sentiu a morte do ex-colega. "Ele era um baita filho da p***", falou, segundos antes de perceber que estava ao vivo. Em seguida, explicou aos ouvintes que era uma piada: "Quando me refiro dizendo filho da p*** é porque ele pegava muito no nosso pé". Segundo a assessoria de imprensa do grupo, Wianey não estava mais alinhado ao posicionamento adotado pelos veículos da RBS.
À nossa redação, o comunicador disse que entende a posição da empresa e reconhece que cometeu um equívoco ao comentar sobre a morte do ex-colega. Também falou que não guarda rancor e que não pensa sequer em processar a RBS. "Foi minha casa por 30 anos e sempre gostei de trabalhar lá. Não vai ser por isso que vou entrar na justiça", garantiu, ao lembrar que sua primeira passagem pela empresa foi entre 1976 e 1984, somando oito anos aos últimos 22 que se dedicou à organização.
Sem planos de voltar ao rádio, pelo menos nos próximos meses, o comunicador disse que está aproveitando este momento para descansar e elaborar projetos voltados para a web. "Penso em publicar comentários diários, criar um blog ou canal de vídeo", adiantou. Além da RBS, Wianey teve passagens pelas rádios Sideral, em Getúlio Vargas, Erechim; Difusora (atual Rádio Bandeirantes); Sucesso e Guaíba e no Correio do Povo, onde foi colunista.

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