Acervo "Memória da Propaganda" está há quatro anos em São Paulo

Documentos recolhidos pela publicitária Áurea Helena Silveira foram adquiridos pela Rede Globo em 2013 e entregues à ESPM-SP

Áurea Helena Silveira | Reprodução
Um acervo com milhares de filmes, livros, anúncios, jingles e peças de merchandising foi adquirido pela Rede Globo em novembro de 2013 e entregue à ESPM-SP. O material, colecionado pela publicitária Áurea Helena Silveira desde a década de 1980 e sem conseguir apoio de instituições gaúchas para investir em um museu, foi entregue ao grupo midiático e à instituição de ensino paulista. Entretanto, a documentação se encontra parada desde a negociação, conforme Áurea informou ao Coletiva.net.
Em entrevista ao portal, a publicitária, que hoje reside no Rio de Janeiro expressou sua tristeza em levar o acervo para São Paulo. "Infelizmente, parece que a ESPM não deu muito valor", disse. A instituição de ensino, por sua vez, comunicou à reportagem que tem digitalizado e catalogado o material desde que recebeu o acervo da Rede Globo.
Segundo a assessoria de imprensa da ESPM-SP, apesar das dificuldades de realizar o trabalho sem recursos de terceiros, a faculdade apresenta resultados significativos do projeto. "Um dos principais veículos de comunicação do Brasil está produzindo uma reportagem especial sobre publicidade e solicitou à ESPM a consulta ao acervo", informou, sem revelar o grupo de mídia.
Áurea, enquanto isso, disse que está trabalhando em um projeto no Instituto Europeu de Design (IED), situado no prédio da antiga TV Tupi. "Sempre sonhei em levar o "Memória da Propaganda" para lá. Eles estão bastante animados com a minha participação. Tomara que, juntos, possamos fazer coisas boas, para não perdermos a esperança", falou.
O contrato de comodato entre as três partes - Áurea, Rede Globo e ESPM-SP - foi assinado em novembro de 2013. No documento, constava que a digitalização, catalogação e conservação do acervo ficariam sob responsabilidade da instituição de ensino. O então diretor do Instituto Cultural ESPM, Geraldo Alonso, que assinou o documento, previa que, após esse processo, a intenção era buscar apoiadores e patrocinadores que viabilizassem um museu permanente.

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