Congresso critica censura à liberdade de expressão comercial

Em três dias, evento reuniu publicitários, anunciantes e representantes da mídia em São Paulo

O IV Congresso Brasileiro de Publicidade terminou nesta quarta-feira, 16, em São Paulo , criticando todas as iniciativas de censura à liberdade de expressão comercial. Em três dias, o evento reuniu cerca de 1.500 pessoas, entre publicitários, anunciantes e representantes da mídia. A categoria também decidiu apoiar oficialmente a Frente Parlamentar da Comunicação Social, um grupo de mais de 150 deputados e senadores que será porta-voz dos interesses da comunicação no País.


O evento trouxe ao Brasil, para palestras, o ex-secretário geral da ONU, Kofi Annan, e a jornalista norte-americana Judith Miller, ganhadora de um prêmio Pulitzer e que ganhou destaque internacional ao ser mantida presa por 85 dias após se negar a revelar a identidade de uma fonte. Também fizeram palestras no Congresso o presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril, Roberto Civita, e o vice-presidente das Organizações Globo, João Roberto Marinho. Civita falou sobre a interdependência entre democracia, liberdade de imprensa e livre iniciativa. Já Marinho criticou as tentativas de cerceamento da liberdade de expressão - da imprensa e da publicidade.


Durante o Congresso, realizado de segunda-feira, 14, até esta quarta-feira, 16, houve 15 reuniões temáticas para tratar dos mais variados temas relacionados ao mercado brasileiro de publicidade. O último Congresso Brasileiro de Publicidade foi realizado há 30 anos, época em que foi criado o Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) - instrumento que o mercado utiliza para auto-regulamentar a profissão.


Ao final do evento, foi aprovado um documento que busca incentivar a sociedade a debater sobre a auto-regulamentação da publicidade, denunciando e repudiando as iniciativas de censura à liberdade de expressão comercial, entre outras questões.

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