Batista (ao centro) lembrou nomes marcantes da comunicação | Crédito: Divulgação/Coletiva.net
Figuras importantes ligadas às comunidades jornalística e judaica foram lembradas pelo jornalista Batista Filho ao se manifestar em encontro realizado na manhã desta quarta-feira, 21, na sede da Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS). O presidente da ARI (Associação Riograndense de Imprensa) destacou nomes como os de Maurício e Jayme Sirotsky e Guilherme Sibemberg ao invocar o papel desempenhado por comunicadores e suas entidades na defesa da liberdade de expressão.
O encontro, realizado na sede da Federação, reuniu dirigentes da ARI e da FIRS e girou em torno de temas como direitos humanos, holocausto e a luta contra o antissemitismo no Rio Grande do Sul. A ARI recebeu a sugestão de promover e estimular o debate e a troca de informações sobre estes assuntos dentro da entidade, a exemplo do que já faz a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil, que desenvolve o projeto de educação "OAB vai à Escola".
Para reforçar a necessidade de se trabalhar, de maneira pedagógica, o que foi o holocausto e o desrespeito aos direitos humanos, o advogado Luiz Carlos Levenzon, vice-presidente da FIRS, recordou recentes manifestações de caráter antissemita no Estado. Entre elas, relatou o episódio de uma escola estadual de Bento Gonçalves, onde alunos desfraldaram uma bandeira com a suástica e vestiram-se com uniformes imitando os do exército alemão, sob a justificativa de que se tratava de um tema escolar sobre etnias. "Surpreende que em pleno século 21 ainda existam focos nazistas. A preocupação é de que, apesar de o holocausto ter ocorrido há apenas 70 anos, as pessoas já estejam esquecendo esse fato", destacou Levenzon.
O presidente da FIRS, Zalmir Chwartzmann, enfatizou que a forma de combater essas manifestações é através da informação e do conhecimento. Na reunião também foi apresentada a sugestão de que encontros como este, realizado com dirigentes da ARI, sejam reproduzidos com representações de outras entidades de comunicação, entre elas a Agert (Associação Gaúcha das Emissoras de Rádio e Televisão). "O objetivo é esse. Que a ideia se expanda para todos os setores", disse Chwartzmann.
A forma como os veículos de comunicação abordam os conflitos em Israel também foi discutida no encontro. Na avaliação do repórter do jornal Zero Hora Léo Gerchmann, existe uma permanente "guerra de informação", e neste ambiente é importante, disse o jornalista, que se procure "atuar com equilíbrio".