Entidades representativas repudiam ação da BM contra jornalistas

ARI e Sindjors defenderam profissionais que sofreram violências durante exercício profissional

A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindjors) repudiaram, em notas oficiais, os atos de violência contra os jornalistas Douglas Freitas e Isabela Neumann. As agressões por parte da Brigada Militar aconteceram durante a cobertura do protesto sobre a exposição 'Queermuseu' nesta terça-feira, 12. Freitas, da Amigos da Terra, foi preso e liberado no mesmo dia, enquanto a fotojornalista de Zero Hora Isadora Neumann foi atingida por gás de pimenta no rosto.

O presidente da ARI, Luiz Adolfo Lino de Souza, defendeu a liberdade de imprensa e lastimou a postura da polícia. Em nome da associação, prestou solidariedade à Isadora e aos jornalistas que se sentiram atingidos com a violência. "Esperamos que casos como este não se repitam e que o foco dos órgãos de segurança seja o de proteger as pessoas e não de agredi-las."

Em comunicado, o Sindjors caracterizou o comportamento policial como desmedido em relação aos jornalistas e criticou o governador José Ivo Sartori por não se retratar pelas ações da Brigada. Também destacou que esta não é a primeira vez que um profissional é agredido durante a cobertura de manifestações, fazendo referência à prisão ao repórter do Jornal Já Matheus Chaparini. "É preciso olhar para o passado e não repetir os mesmos erros. Não há democracia sem imprensa livre."

Também os veículos alternativos A Voz do Morro, Anú, Boca de Rua, Jornalismo B, Nonada e TV Restinga mostraram descontentamento com o ocorrido. Em nota, exigiram o direito à comunicação e à informação, bem como questionaram a motivação da polícia em ter praticado medidas agressivas. "A prisão de Douglas viola o direito do jornalista a trabalhar e o direito da população a informar-se sobre a realidade."

Comentários