Fenapro propõe boicote à licitação da Olimpíada de 2016

Edital determina à vencedora compra de cota de patrocínio no valor de R$ 5 milhões

A Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) propôs um boicote à licitação aberta pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio 2016, para contratação de agência de publicidade. Em comunicado distribuído ao mercado, a entidade protesta contra os termos da concorrência. O edital determina que a vencedora do certame terá que comprar, pelo preço mínimo de R$ 5 milhões, uma cota de patrocínio. Essa dará à agência o direito de explorar em benefício próprio o uso dos direitos de propriedade do evento e, ao mesmo tempo, prestar os serviços de comunicação.
Para a Fenapro, o proposto fere completamente a legislação do setor. Ao reafirmar respeito à Lei 4.680/65 - que estabelece normas sobre a publicidade -, a federação recomenda que as agências declinem de participar da concorrência. Ainda ressalta: "a pretexto de escolha de agência para atender à conta da Olimpíada do Rio de Janeiro, (o Comitê) propõe a venda de criação/espaço/tempo, sob o rótulo de patrocínio daquele evento". 

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