O publicitário e promoter gaúcho Nelson Quinto moveu uma ação popular e conseguiu suspender a licitação de publicidade da Caixa Econômica Federal. O processo licitatório, que ofereceu verba de R$ 260 milhões, foi encerrado há cerca de um mês e teve como vencedoras as agências Fischer América, NovaS/B e BorghiErh/Lowe. No recurso, Quinto alegou falta de rigor no processo, pois a BorghiErh/Lowe não teria respeitado uma das exigências do edital de licitação, que previa o uso de tipografia Arial número 12.  Segundo o site Propmark, a diferença - como as propostas das agências deveriam ser apócrifas - poderia ser uma senha para identificar a BorghiErh/Lowe e, conseqüentemente, proporcionar-lhe privilégio. 

A CEF tem até a próxima segunda-feira, 11, para se defender na 3ª Vara Federal de Brasília, que cancelou a concorrência devido ao questionamento da ação aceita pela juíza Mônica Sifuentes. No primeiro resultado, a Giovanni+DraftFCB aparecia em terceiro lugar, mas foi observado um erro na contagem eletrônica e, após recontagem, a BorghiErh/Lowe ficou na posição de vencedora. A Giovanni+DraftFCB  recorreu à comissão questionando o resultado final, mas retirou o questionamento 24 horas depois. Ela pertence à holding norte-americana Interpublic, que também é controladora da BorghiErh/Lowe. 

Entre o total de 27 agências concorrentes, estavam as gaúchas Escala e Competence. Fontes do mercado estranharam o procedimento adotado pelo promoter gaúcho. O site Propmark faz o seguinte questionamento: "Afinal, que interesse Nelson Quinto teria nesse processo?" Coletiva.Net tentou entrar em contato com Quinto, mas o profissional não deu retorno, apesar dos insistentes ligações para seus telefones fixo e celular.