Impacto da crise sobre a propaganda será diferente nas regiões do país

Informação é de um levantamento realizado pela Federação Nacional das Agências de Propaganda

O impacto da crise financeira internacional ainda não atingiu muitas das agências de propaganda espalhadas pelo País. Entretanto, algumas regiões estão sentindo mais o reflexo da retração econômica. As informações são de um levantamento realizado pela Federação Nacional das Agências de Propaganda (Fenapro) junto aos Sindicatos das Agências de Propaganda (Sinapros) em diversos estados brasileiros. Segundo o presidente da Fenapro, Ricardo Nabhan, por enquanto, há mais apreensão do que fatos concretos que apontem um cenário de retração no setor. Ele destaca que a crise tem nuances diferentes de acordo com a localidade. 


Alguns estados estão cautelosos e sentindo mais o efeito da crise, como constatam os Sinapros do Pará, Espírito Santo e Paraná, enquanto outros têm expectativa de manter o volume de negócios em relação ao ano passado - caso de Brasília, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Há até quem espere crescimento em 2009, como o Sinapro de Santa Catarina. "A realidade do mercado publicitário é diferente de acordo com o perfil da economia e dos anunciantes de cada região. No geral, ainda não se constata uma situação grave de perda de receita, mas há preocupação de que isso possa ocorrer mais fortemente se a retração se prolongar", explica Ricardo Nabhan, ao observar que no primeiro trimestre a previsão é de queda na receita do setor. 


Segundo Saint"Clair Vasconcelos, presidente do Sindicato das Agências de Propaganda de São Paulo e vice-presidente da Fenapro, caso a crise se aprofunde, o setor poderá ser atingido, mas o mercado está reagindo e não deve sofrer grandes reduções nos investimentos neste ano. "Mesmo que alguns reduzam as verbas publicitárias, isto vai criar oportunidades para outros em cuja avaliação este é o momento de aumentar o seu share e de se consolidar em novos patamares de mercado", observa. 


Oportunizar também é a palavra de ordem na opinião do presidente da Associação Riograndense de Propaganda (ARP), Celso Chittolina. Em entrevista à Coletiva.Net, o fotógrafo disse acreditar que as empresas mais preparadas enfrentarão melhor a turbulência e, com isso, ocuparão os espaços deixados pelas outras.

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