Justiça aceita denúncia contra indiciados na Mercari

Gilson Storck, Antonio D"Alessandro e Armando D"Elia responderão a processo-crime

Por decisão da 6ª Vara Criminal de Porto Alegre, nesta quinta-feira, 28, os 25 denunciados pelo Ministério Público de envolvimento em suposta fraude na área de marketing do Banrisul irão responder a processo criminal. O grupo, investigado na Operação Mercari, é suspeito de lesar em até R$ 10 milhões os cofres do banco por meio de superfaturamento de ações de marketing da instituição. Entre os indiciados, Antonio D'Alessandro e Armando D'Elia, sócio e diretor financeiro da DCS, respectivamente, e Gilson Stork, sócio da SLM. Funcionários das duas agências - que eram responsáveis pela publicidade do banco - também foram denunciados. A decisão abre prazo legal de 10 dias para que os réus respondam à acusação.
A decisão levantou o segredo de Justiça dos autos, a pedido do Ministério Público, "porque essa é a regra em se tratando de processo judicial, que tem a publicidade por essência", conforme notícia publicada no site do Tribunal de Justiça do Estado. O texto diz ainda que a manutenção do segredo de Justiça só se justifica durante a fase investigatória.
Stork e D'Elia haviam sido presos em setembro de 2010, quando a Polícia Federal tornou pública a Operação Mercari. Os dois foram libertados em menos de uma semana, por decisão judicial, sob alegação de que não possuíam antecedentes criminais e de que materiais pertinentes à investigação já haviam sido apreendidos.
Nesta quinta-feira, a assessoria de comunicação do Banrisul informou que também não está definido como será o novo processo licitatório para contratação de agências de publicidade. A instituição anunciou o rompimento de relações comerciais com as empresas envolvidas na Mercari na quarta-feira, 27, um dia depois de o MPE apresentar a denúncia. No final da tarde desta quinta-feira, o Ministério Público discutia a situação do contrato que mantém com a agência SLM, que detém a conta publicitária da instituição desde o início do ano.
Procurada por Coletiva.net, a DCS não se manifestou sobre a decisão. Os telefones da SLM encontravam-se "temporariamente fora de serviço" às 19h30min desta quinta-feira, conforme mensagem eletrônica.
Leia aqui a íntegra da denúncia oferecida pelo Ministério Público e a relação completa dos indiciados.

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