Mercado de agências de comunicação está estagnado

Faturamento do setor não cresceu em 2013, ficando estabilizado entre R$ 1,7 bilhão e R$ 2 bilhões

O segmento de agências de comunicação sofreu uma estagnação no último ano, segundo dados da edição 2014 do Anuário Brasileiro da Comunicação Corporativa, que será lançada nesta quarta-feira, 7, durante o Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa. Apesar dos números positivos registrados por médias e grandes agências de comunicação, que tiveram crescimento de 10% a 40% em 2013, o cenário manteve-se estabilizado pelo fraco desempenho de pequenas e microagências brasileiras. As cerca de 600 agências de comunicação foram responsáveis por um faturamento entre R$ 1,7 bilhão e R$ 2 bilhões, o mesmo montante de 2012.
A pesquisa Mega Brasil consultou, entre o final de 2013 e início deste ano, 225 agências, 81 das quais informaram o faturamento bruto obtido no ano passado, que somou R$ 614.976.786,48. Para as agências que não indicaram o faturamento, mas informaram o número de colaboradores, o Instituto Corda fez uma projeção baseada no valor médio de faturamento por colaborador, usando como segmentação as seguintes as faixas: até quatro colaboradores; de cinco a 14; de 15 a 29; de 30 a 99; de 100 a 300; mais de 300. A projeção realizada para essas 144 agências totalizou R$ 413.567.880,05, o que, com a soma do faturamento informado, acumulou um total de R$ 1.028.544.666,53.
Diretor do Instituto Corda - Rede de Pesquisas e Planejamento e coordenador das análises econômicas setoriais, Maurício Bandeira de Melo explica que se projetado o faturamento bruto para cerca de 600 agências no País, esse mercado faturou em 2013 entre R$ 1,7 bilhão e R$ 2,0 bilhões. Segundo Maurício, o valor mantém a estimativa calculada no ano passado e indica crescimento concentrado apenas em setores específicos do mercado. "A pesquisa - diz ele - obteve resultados que apontam para dificuldades enfrentadas pelas empresas em 2013 e que, consequentemente, desembocam na estagnação do valor global movimentado pelo setor na comparação com 2012", afirma.
A avaliação das agências ainda indica que o crescimento abaixo das expectativas saltou de 20,1% para 27%. Para 2015, mostra-se acentuada a queda dos que apostam em crescimento forte do setor: eram 56,3% em 2012 e são 29,3%, em 2013. Para a maioria das agências consultadas (62,2%), o desempenho da economia brasileira afetou negativamente os negócios.

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