Ministro pretende terminar com exigência de provedores

Medida que favorece Telefônica e Oi ameaça a existência de 5 mil empresas

Todo poder às teles. No mesmo dia em que as empresas nacionais e estrangeiras de telecomunicação conquistaram o aval do Senado para distribuir serviço de TV por assinatura no País, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, anunciou outro bom negócio para o segmento. Nesta terça-feira, 16, em entrevista ao programa Poder e Política, produzido por Uol e Folha de S.Paulo, Bernardo disse que o governo deverá flexibilizar a obrigatoriedade de contratar provedor de acesso para quem tiver conexão à web por meio de empresas de telefonia fixa.

Hoje, o serviço é dividido em duas partes: 1) a conexão por meio da linha com o sinal; e 2) o provedor de acesso, que faz o trabalho de conexão lógica, reconhecendo o computador conectado e outros dados. Ao comprar um serviço de internet, o usuário precisa ter provedor de acesso. Paga pela conexão e tem de escolher esse provedor - que também pode ser gratuito. Por sugestão do Ministério, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deverá alterar a regra: o setor de telefonia poderá vender conexão à internet sem o provedor de acesso. Telefônica e Oi deverão dominar o mercado. Os provedores argumentam que a alteração inviabilizará cerca de cinco mil empresas que atuam na área.

Comentários