Proposta patronal não satisfaz reivindicações dos jornalistas

Primeira reunião já gerou impasse entre categoria e patrões

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Rio Grande do Sul e as entidades patronais não estão se acertando em relação às negociações da Convenção Coletiva de Trabalho. Segundo nota do Sindicato, na reunião realizada com as entidades patronais nesta semana "transpareceu o imenso abismo que separa os dois lados. Enquanto os profissionais defendem avanço às cláusulas do dissídio coletivo de 2004, as empresas sinalizam retrocesso nas negociações". A primeira discordância é o valor do piso salarial. A categoria defende um valor único de R$ 1.538,64 para todos os jornalistas e as entidades patronais mantêm a separação entre os profissionais da Capital e os do Interior. A proposta patronal oferece R$ 1.113,00 para os jornalistas de Porto Alegre, e R$ 904,87 para os que atuam no interior do Estado.

Os jornalistas estão solicitando também um reajuste global de 10,14%, índice que inclui a inflação de um ano, aumento real (igual ao crescimento do PIB regional) e a recuperação das perdas do ano passado. No entanto, as empresas jornalísticas entendem que só podem pagar o máximo de 5% para quem ganhar até R$ 2,5 mil. Para os salários entre esse valor e R$ 4 mil é oferecido aumento de 2,5%.


Já para as remunerações acima de R$ 4 mil, as entidades patronais oferecem um aumento de R$ 100, desconsiderando índices. A contraproposta patronal anula ainda o pagamento dos qüinqüênios, de horas extras e mantém a folga de um domingo para os jornalistas das editorias de Esporte.


 

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