Roberto Pintaúde provoca mercado publicitário

Para isso, espalhou 30 outdoors pela cidade com o que chama de "inquietudes próprias"

São três temas diferentes que refletem uma provocação do publicitário Roberto Pintaúde ao mercado da propaganda gaúcha. Para chamar atenção para aspectos que nomeia "inquietudes próprias", ele espalhou 30 outdoors (10 de cada tema) por Porto Alegre, que estampam questionamentos do publicitário. Um deles questiona a importância da Associação Riograndense de Propaganda (ARP), pois, conforme Pintaúde afirmou ao Coletiva.net, a entidade não mantém sua premissa histórica de incentivar os anunciantes a contratarem agências.
Em outra peça, o sócio-diretor da Zebra Brasil afirma que "se house agency fosse um bom negócio, a Coca-Cola teria a maior e melhor". Para o publicitário, a proliferação deste tipo de serviço o faz questionar o mercado: "As agências não estão entregando um produto tão bom?", justificou, sobre o outdoor. No terceiro layout, ele garante que as agências devem ser remuneradas por qualidade de trabalho e não apenas por volume de mídia. "Se não existisse o tal BV [bonificação por volume], ficariam apenas as agências que entregam, de fato, algo criativo", ponderou.
Entre as ideias que Pintaúde defende está também a possibilidade de um anunciante ter mais de uma agência para atendê-lo. "Por que precisa ter apenas um fornecedor? Isso estimularia a criatividade do mercado", salientou. E as críticas não param por aí. Ele também analisa a atuação da ARP: "Ela deveria trazer esses aspectos à discussão, e não ficar se preocupando tanto com prêmios, pois eles já passaram; ninguém mais dá importância pra isso. A ARP tem que debater modelos e não ideias".
O publicitário conta que esta não é a primeira vez que provoca o mercado e afirma que, por conta disso, sabe que "tem pessoas que elogiam e outras que se incomodam". "Ainda assim, acho válida a discussão. O meu objetivo é cutucar para esses assuntos. Quem me conhece sabe a que me proponho", finalizou.
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