A instalação de um transmissor analógico por parte da TVE, após 12 anos da sua compra, provou questionamentos e críticas sobre a postura da emissora pública, o que levou o presidente Pedro Osório a esclarecer que precisava priorizar "outros aspectos" na Fundação Cultural Piratini. "Como muitos sabem, recebemos as emissoras defasadas em móveis, equipamentos, internet, automóveis e pessoal. Precisávamos ajustar isso antes de instalar este transmissor", afirmou o dirigente, em entrevista ao Coletiva.net. Segundo ele, poucos foram os investimentos, especialmente em equipamentos digitais, nas duas gestões anteriores, dos governos Germano Rigotto (PMDB) e Yeda Crusius (PSDB).
Outro aspecto defendido por Pedro Osório refere-se ao sinal da TVE no Interior do Estado. "Há oito anos a rede praticamente não existia mais e a recuperação era necessária. Dos 40 retransmissores que tínhamos, 37 estavam em desuso, por exemplo", salientou. Para ele, a instalação do transmissor, que estava na emissora desde 2007, não parecia ser uma prioridade frente ao quadro de problemas que se apresentavam. "Acho que, junto com o Conselho Deliberativo da TVE, tomamos as decisões mais adequadas. Não fazia sentido mobilizar toda uma equipe para instalar o equipamento, sem antes ajustar esses outros aspectos. Era questão de bom senso", garantiu.
Pedro Osório também afirmou que, mesmo sendo analógico, o transmissor trará benefícios para a TVE, pois vai melhorar o sinal em todo o Estado, permitindo mais qualidade. Mesmo que o prazo, no momento, seja que em 2015 a TV digital seja obrigatória, o presidente defendeu que o governo federal deverá adiar novamente a data, pois "todas as emissoras estão se adaptando às novidades aos poucos". Pedro Osório finalizou adiantando que o objetivo da TVE é comprar retransmissores digitais no ano que vem, para garantir um sinal de qualidade no Interior.
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