The Economist: Brasil pode ser um dos primeiros a sair da crise

Revista britânica cita como exemplo a taxa de juro brasileira, que é de 9,25% ao ano

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A edição da última semana da revista britânica The Economist destaca que o Brasil pode ser um dos primeiros a sair da crise. A publicação usa como argumento o fato de o país ter sido um dos últimos a entrar em recessão. "Nunca antes na história deste país é a frase do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que mais irrita seus oponentes", observa a revista ao apontar a estratégia de Lula para manter seu eleitorado fiel.
O texto cita como exemplo a taxa de juro brasileira. Na semana passada, o Banco Central cortou a Selic para 9,25% ao ano. É a primeira vez que o País exibe juro de um dígito desde os anos 1960. Apesar da retração, acrescenta a revista, a economia apresentou um desempenho acima do esperado no primeiro trimestre.
O PIB encolheu apenas 0,8% comparado aos últimos três meses de 2008. Muitos analistas acreditam que o Brasil está começando a crescer novamente e retornará a taxa de crescimento anual de 3,5% a 4% em 2010. "Se isso se confirmar, significa que o Brasil irá passar somente por uma breve recessão", pondera a reportagem.
A The Economist ainda destaca como fator positivo a mudança de parceiro comercial, que ajudou o Brasil a se proteger. Neste ano, pela primeira vez, a China superou os Estados Unidos no posto de maior parceiro comercial do Brasil.
No entanto, problemas já conhecidos também estão retornando ao cenário. O primeiro deles, segundo a revista, é a recente apreciação do real frente ao dólar. Para os exportadores, a moeda está novamente forte, como estava antes de setembro. Além disso, a revista também chama a atenção para a taxa de juro real no Brasil também permanece alta e as cadernetas de poupança podem ser um obstáculo para que os juros continuem caindo. 

Fonte: AE-ZH

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