Crise acelera mudanças no mercado automobilístico

Aposta na simplicidade e tecnologia de viés ambiental são principais adaptações da indústria automobilística para os próximos anos

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O mercado automobilístico mundial precisa se preparar para uma forte ruptura tecnológica que a crise financeira global está ajudando a delinear. É o que detalhou o vice-presidente comercial da Renault no Brasil, Christian Pouillaude, que falou no Tá na Mesa da Federasul  desta quarta-feira, 19, sobre o tema "A crise e o mercado automotivo brasileiro".
De acordo com o executivo, além da necessidade da redução de custos por parte das empresas, a escassez de crédito e diminuição do poder de compra estão fazendo com que o consumidor, primeiramente nos países desenvolvidos, dê preferência a modelos menos luxuosos, além de estar comprando menos carros. "Também existe a necessidade de uma mudança radical em termos ambientais, em busca de modelos com emissão zero de poluentes", disse. Pouillaude pontuou que os governos precisam apoiar esse tipo de medida, para que as montadoras consigam fabricar carros elétricos ao mesmo custo atual dos carros convencionais.
No Brasil, conforme apontou o vice-presidente, essa realidade também está cada vez mais presente, com a vantagem de que o país se apresenta, ainda, muito promissor para o crescimento do mercado automotivo. "O carro é um dos bens de consumo mais desejado pelos brasileiros, sem que o consumidor deixe de valorizar o preço acessível", disse. Por conta disso, o segmento hatch representa 58% das vendas de veículos. Entre outros, pontos historicamente valorizadas estão design e conforto, que devem se manter ao lado de uma maior busca por conectividade, proteção (itens de segurança e antirroubo), custo de utilização e rede de serviços. Por conta disso, segundo Pouillaude, os planos da Renault-Nissan para 2010 no País, que é o quinto maior mercado da montadora no mundo, incluem atingir uma participação nacional de 10%.

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