Crise se enfrenta com austeridade, diz Sartori

Governador participou do evento "Brasil de Ideias", promovido pela revista Voto

As principais lideranças empresariais do Estado formavam o público selecionado de 80 pessoas que participaram no começo da tarde do evento ?Brasil de Ideias?, promoção mensal da Revista Voto que nesta quinta-feira, 5, teve como palestrante o governador José Ivo Sartori. Sem muitas formalidades, e muitas vezes descontraído e à vontade, falou sobre a situação  financeira do Rio Grande do Sul e o que o governo está fazendo para "plantar a semente" da mudança e reestruturar a máquina pública estadual. "Crise se enfrenta com crescimento e austeridade. No crescimento, só não investe no Rio Grande quem realmente não quer. Na austeridade, devemos avançar nas medidas de reestruturação", afirmou o governador do Estado.
Sartori enfatizou que tem disposição para enfrentar esse momento. "Não me preocupo com o preço político das minhas atitudes. Farei o que tiver que ser feito. Mas ninguém consegue nada sozinho. Precisamos da sociedade", disse. Ao falar sobre a terceira fase do ajuste fiscal gaúcho, a ser encaminhada nos próximos dias à Assembleia Legislativa, Sartori disse que o esforço de redução no custo da máquina e as medidas tomadas nas fases anteriores do ajuste foi o que possibilitou o pagamento integral do funcionalismo até junho.
Na última semana, disse o governador, "chegamos a algo que sinalizávamos desde o começo: a necessidade de parcelar salários. Não é uma escolha, é simplesmente a falta de dinheiro". E enfatizou que, apesar do déficit previsto para 2015 ser de R$ 5,4 bilhões, o Estado não está parado. Citou como exemplos que, de janeiro a julho deste ano, surgiram 69,6 mil novas empresas no Rio Grande do Sul e R$ 13 bilhões em investimentos poderão ser gerados em negociações concluídas e nas que estão em andamento, como o Medical Center e uma unidade tecnológica da Airbus. Segundo Sartori, o governo criou um novo ambiente para parcerias com a iniciativa privada:  "Se o Estado não pode ajudar, tem que ter a atitude de não atrapalhar quem produz".
A mediação do evento foi da diretora da revista Voto, Karin Miskulim.

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