Sistema Farsul projeta safra recorde para o Estado em 2016/2017    

Expectativa é de colheita de 33,4 milhões de toneladas e área semeada de 8,67 milhões de hectares

O Sistema Farsul projeta números recorde para o Rio Grande do Sul na safra 2016/2017, com expectativa de uma colheita de 33,4 milhões de toneladas e área semeada de 8,67 milhões de hectares. Conforme o vice-presidente da federação, Gedeão Pereira, se o clima continuar ajudando, será a maior safra de todos os tempos no Estado, com aumento de 6,2% em relação à anterior. A afirmação foi feita em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 7, em Porto Alegre.
Segundo ele, o crescimento do Estado será impulsionado especialmente no aumento das áreas da soja e do arroz. Outro destaque será o aumento do plantio do milho, motivado pela melhora dos preços registrada em 2016. "O setor está fazendo a sua parte na contribuição com o resultado do PIB do Estado", disse Pereira.
O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, comentou sobre a resiliência do setor em relação à crise por conta das possibilidades de mercados alternativos quando o consumo interno cai. "Somos competitivos em qualquer certame. O mundo está crescendo, e o consumo de alimentos também. Estamos inseridos no mercado internacional", analisou.
As condições climáticas e a redução de área plantada foram os motivos que levaram o PIB gaúcho da agropecuária a cair 3,1% em 2016. O Estado registrou queda na área plantada de 0,1% e perdas mais significativas nas plantações de arroz e soja nas regiões Sul e da Campanha por conta das chuvas em excesso, contribuindo para a queda da produção em 1,1%.
Também houve queda da oferta do crédito rural, cujos valores de financiamentos reduziram 6,41%. Além disso, o número de produtores que tomou crédito também caiu 6%. Para tentar reverter a redução, uma das prioridades da Farsul em 2017 será dialogar com a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura para buscar outras fontes de financiamento ou aumentar o percentual dedicado ao final das fontes atuais, que hoje é de 35%.
Também para 2017 a federação prevê maior atenção ao seguro rural. "Precisamos de uma política agrícola centrada em um seguro mais abrangente, que considere quantidade e qualidade. Também necessitamos de um programa Plurianual de crédito para garantir a continuidade da produção especialmente em anos seguintes ao de safras com perdas", ressaltou Antônio.
"Defendemos a redução do tamanho do Estado, que deve voltar a ser o meio de ajudar a população, e não um gigante estatal suportado pelo setor privado. Somos a favor da aprovação das medidas propostas pelo governo estadual para que possamos retomar a rota do crescimento", afirmou Pereira.
Confira apresentação do Relatório Econômico do Sistema Farsul.

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