"Em nome dos acertos, não podemos ser complacentes com os erros"

Afirmação é da candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV), Marina Silva, durante "Tá na Mesa"

A candidata à presidência da República pelo Partido Verde (PV), Marina Silva, participou no 'Tá na Mesa', da Federasul, nesta quarta-feira, 25. A candidata elogiou os bons projetos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pela política econômica do País, assim como à política social implantada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Relacionou a necessidade de uma visão estratégica ao Brasil que queremos, assim como existe nas empresas, e afirmou que está em busca de uma nova maneira de caminhar e não num novo caminho. "Em nome dos acertos, não podemos ser complacentes com os erros", disse.
Marina Silva ressaltou alguns problemas que afligem o Brasil, como a violência urbana, as drogas e, principalmente, a educação que, segundo ela, não está funcionando no País. "Atualmente, 100% das pessoas têm acesso ao Ensino Fundamental, mas 40% das crianças não chegam à 8ª série", ressaltou.  Segundo ela, isso acontece com a maioria dos brasileiros. "Queremos, justamente, dar igualdade de oportunidade para todas as pessoas, como eu mesma tive aos 16 anos, quando fiz o curso Mobral, mas sei que isso foi uma exceção e precisamos mudar esse paradigma, senão estamos fadados ao fracasso", advertiu, para em seguida completar: "Fechando o dreno da corrupção, poderemos ter o dobro de orçamento para a Educação", acrescentou. "Temos que manter a competição pelo caminho de cima, investindo em tecnologia, inovação, educação e infraestrutura", exemplificou.
Conforme Marina Silva é preciso pensar que o meio ambiente, aliado ao desenvolvimento é a solução para tornar o Brasil economicamente competitivo e é necessário pensar em diretrizes para as próximas décadas. A candidata ainda questionou por que as reformas não saem do papel. "Se comprometem com as reformas e depois reformam o compromisso", disse Marina, observando que a reforma tributária, por exemplo, é uma questão que deve ser simplificada, para dissolver o emaranhado de tributos.
O presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) e da Federasul, José Paulo Dornelles Cairoli, falou sobre os avanços da economia brasileira e lembrou que o Brasil de hoje é melhor do que o Brasil dos anos 90. Ele ressaltou que ainda faltam consolidar as reformas tributárias, financeira, política e previdenciária, "fundamentais para sustentar o crescimento".
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