Gaúchos mostram os prejuízos da redução da jornada de trabalho

Comitiva de empresários, liderada pelo presidente da Fiergs, esteve no Congresso Nacional nesta quarta-feira

Uma comitiva composta por 60 empresários de 19 segmentos da indústria gaúcha estiveram nesta quarta-feira, 17, na Câmara dos Deputados, em Brasília para mostrar aos parlamentares os prejuízos que a eventual aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC 231/95) trará às empresas brasileiras. A PEC reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais e aumenta o adicional na hora extra de 50% para 75% do valor da hora trabalhada.
A comitiva liderada pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Tigre, contou com as participações dos presidentes da Fecomércio, Moacyr Schukster, e da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Vítor Koch.  "Mesmo que o Brasil tenha conseguido, passar pelas dificuldades da crise internacional, em 2009, no momento em que diminuirmos a jornada de trabalho para 40 horas, com mesmo salário e aumentarmos o valor da hora extra, estaremos elevando nossos custos e diminuindo a competitividade dos nossos produtos no exterior", afirmou Tigre.
Os empresários percorreram os gabinetes de líderes de partidos e visitaram deputados da Bancada Federal Gaúcha. Além disso, a comitiva foi recebida pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer. Ele destacou que os líderes partidários, na prática, indicam as Propostas de Emenda à Constituição que serão encaminhadas à votação no plenário. "Pedi aos líderes que escolhessem duas ou três PECs para votar até o fim do primeiro semestre porque temos 62 propostas prontas para ir a plenário. Então sugiro que haja mais pressão junto a eles", explicou Temer.
O presidente da Fiergs destacou que os empresários já estão conversando com os líderes partidários para evitar a votação da PEC neste ano eleitoral. "Devemos continuar trabalhando pelo nosso ponto de vista e equilibrar a situação. E as Federações de Indústrias estão se posicionando para esse diálogo", completou Tigre.
A comitiva foi integrada por representantes dos segmentos metal-mecânico, construção civil, eletroeletrônico, têxtil e confecção, reparação de automóveis, madeira, gráfico, couro, calçados, laticínios, fumo, material de transporte, plástico, borracha, máquinas e equipamentos, vinho, móveis, construção pesada, e alimentos.
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