Governo nomeia novo dirigente do Detran

É Sérgio Filomena, concursado na Cage, que substitui Sérgio Buchmann

O governo do Estado anunciou agora à tarde o nome do novo diretor-presidente do DETRAN. É Sérgio Filomena, contador, que ingressou no setor público através de concurso na Contadoria-Geral do Estado (Cage) e é agente fiscal do Tesouro do Estado há 26 anos. Casado e pai de dois filhos, ele tem 49 anos de idade. Desde 2008, vinha desempenhando a função de diretor do Departamento de Modernização da Gestão Pública (Degesp), na Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), onde era o responsável pela elaboração e monitoramento de contratos de gestão e acordos de resultados com secretarias e órgãos vinculados, respondendo também pelo acompanhamento das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips).
Filomena assume no lugar de Sérgio Buchmann, que esteve à frente da autarquia durante dois meses e deixou a função esta manhã. Afirmou que irá buscar a eficiência para entregar à sociedade um Detran moderno e prestador de serviços mais baratos e de qualidade. "Estamos assumindo um organismo em marcha e vamos dar continuidade às ações de melhoria que vêm sendo implementadas", destacou. "O Detran tem compromissos com um governo voltado à gestão por resultados, com o Estado do Rio Grande do Sul e com a sociedade que usa seus serviços", completou.
Buchmann estava em atrito com autoridades do Piratini desde que, no dia 15 de julho, seu filho, Fábio Buchmann, foi detido em casa, no bairro Cidade Baixa, na Capital, com 23 quilos de maconha e meio quilo de cocaína. O fato fora divulgado pelo próprio Sérgio Buchmann, em contato com a imprensa. Zero Hora registrou que o presidente do Detran, ao telefone, revelou temer que o episódio pudesse ser usado politicamente, já que ele vinha sofrendo fortes pressões para deixar a autarquia. Por isso, fez questão de se antecipar à divulgação do episódio.
O chefe de gabinete da governadora Yeda Crusius, Ricardo Lied, acompanhou os integrantes do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc), que realizaram a prisão de Fábio. Ele e os policiais foram até a casa de Buchmann para avisar que o filho dele seria preso. De acordo com o ex-presidente da autarquia, o motivo para a sua saída do cargo seria a revelação desta visita de Ricardo Lied à sua casa. Buchmann explicaria que desconfiou da visita e, desgastado no governo Yeda, temeu que se tratasse de uma cilada. Por isso, ele próprio decidira expor o fato, apesar de envolver um drama familiar.

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