Metade dos municípios deixarão contas para pagar em 2015

Pesquisa da Famurs revela que 46% das prefeituras encerrarão o ano com pendências financeiras

Seger Menegaz | Crédito: Débora Szczesny
Os prefeitos do Rio Grande do Sul enfrentam, novamente, dificuldades para fechar as contas no final do ano. Uma pesquisa elaborada pela Famurs, entre os dias 1º e 15 de dezembro, revelou que 46% dos municípios gaúchos deixarão pendências financeiras para 2015. Entre os passivos, está o atraso nas folhas de pagamento: 22 prefeituras não quitarão os salários do funcionalismo em dia.
Conforme o presidente da Famurs, Seger Menegaz, o resultado do estudo reflete a situação de crise dos municípios. Para o também prefeito de Tapejara, esse cenário deve-se à queda na arrecadação estadual e nos repasses federais às prefeituras. "Este será mais um ano que teremos dificuldades para cumprir nossos compromissos", lamentou Menegaz, durante entrevista coletiva, ontem,17, na sede da Federação.
De acordo com o levantamento da Famurs, todos os municípios pagarão o 13º dos funcionários, porém dois a cada cinco têm dívidas com fornecedores. As prefeituras também deixarão pendências na contribuição previdenciária dos servidores e no pagamento das contas de serviços gerais como água, luz e telefone.
"Vivemos uma situação preocupante nos municípios com o aumento das responsabilidades municipais sem a devida contrapartida de recursos", alertou o dirigente da entidade. A crise já obrigou 103 municípios a trabalharem em turno único, boa parte deles desde junho deste ano. A economia com a redução da jornada alcança até 20% das despesas normais das prefeituras.
Ciente dessa dificuldade, a Famurs apresentou uma relação com 10 metas para 2015. Desoneração das compras municipais, atualização da Lei das Licitações e fim da cedência de servidores municipais são três grandes pleitos municipalistas que a entidade defenderá a partir de janeiro.

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