MPT gaúcho apura denúncias de discriminação no trabalho

Pesquisa contabilizou mais de 20 casos, envolvendo origem, raça, cor ou etnia

O Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) contabilizou, entre janeiro de 2015 e 9 de novembro de 2017, mais de 20 casos de discriminação por origem, raça, cor ou etnia no ambiente profissional. Este número registrado, referente ao ano, se manteve estável, conforme a Coordenadoria de Atuação em Primeiro Grau do MPT-RS, com sede em Porto Alegre.

Para o coordenador de Primeiro Grau, Gilson Luiz Laydner de Azevedo, há a possibilidade dos números serem maiores, visto que, na maioria dos casos, a discriminação é confundida com o assédio moral ou nem tão explicita. Neste último, sendo apresentada por meio de argumentos genéricos, como a não admissão de trabalhadores para determinado emprego ou a ausência de seleção para o acesso a cargos com maior responsabilidade e remuneração. Ainda, disse que a população negra é a que mais sofre nestes aspectos.

De acordo com a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre 2015 e 2016, o desemprego atingiu mais os negros, a qual teve queda da taxa de ocupação de 47,6% para 44,3%, contra queda de 50,3% para 47,9% dos brancos e pardos. A não empregabilidade da população negra aumentou em 27,7%, sendo que era 12,6% e subiu para 16,1%, segundo a População Economicamente Ativa (PEA).

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