Nelson Jobim defende soberania nacional na abertura do Eneri

Evento promovido pela ESPM ocorre em Gramado até domingo

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, proferiu a palestra magna de abertura do 15º Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais, em Gramado, na noite da última quinta-feira, 8. Jobim discorreu sobre 'O Brasil e a Segurança Internacional'. Entre outras coisas o ministro afirmou que o patrimônio nacional deve ser preservado e ressaltou que "os países têm a pretensão de internacionalizar a Amazônia, mas precisamos dizer para o mundo que a Amazônia é brasileira. Quem cuida dela somos nós."
Com organização da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e do Conselho Institucional dos Estudantes de Relações Internacionais (Cieri ESPM-RS), o evento reúne 1.300 alunos de todo o país até o próximo domingo, 11, no Centro de Convenções do Hotel Serrano. O vice-presidente da ESPM, Hiran Castello Branco abriu o evento alientando as oportunidades a carreira em Relações Internacionais oferece atualmente e que a ESPM tem o curso voltado para o futuro.
O ministro Nelson Jobim defendeu as premissas de que o Brasil não tem tradição de eflexão sobre defesa; o regime militar tolheu a capacidade do Estado e da academia refletirem sobre o tema. Segundo ele, não pode haver políticas públicas consistentes sem massa crítica; e que ao Estado cabe o papel de fomentar a pesquisa de temas de seu nteresse a partir de critérios de pluralidade, liberdade de expressão e excelência.
De acordo com Jobim, dois dilemas são enfrentados pelos responsáveis pelas políticas de defesas. "Projetar no futuro força que, a um só tempo, garanta capacidade dissuasória em contextos cambiantes e que respalde os interesses internacionais do país, sem fomentar percepções de agressão em outros Estados". O ministro também falou sobre o sistema de segurança internacional, cujo elemento central é a incerteza. Esta insegurança sobre a dinâmica do relacionamento entre os Estados - considerados como os atores mais relevantes - induz à adoção por parte dos estadistas do princípio da precaução. "Por isso, dado o potencial destrutivo dos armamentos hoje existentes, sejam eles convencionais ou não, se traduz, muitas vezes, em posturas estratégicas dissuasórias - como no caso brasileiro", disse.

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