Participantes do Tá na Mesa desejam reforma política após 2018

Durante a reunião-almoço da Federasul, convidados entraram em consenso de que o sistema brasileiro está falido

Os participantes do Tá na Mesa desta quarta-feira, 6, Beto Albuquerque (PSD), Celso Bernardi (PP), Mateus Bandeira (Podemos), Valdir Bonatto (PSDB) e o empresário Luis Roberto Ponte afirmaram que são favoráveis à reforma política após 2018. Durante a reunião-almoço da Federasul, os convidados entraram em consenso de que o sistema brasileiro está falido. "Sabemos que não há um país que tenha todo o seu processo político-eleitoral perfeito, mas o Brasil está ainda pior", acrescentou Bandeira.

Ao mencionar a aprovação do texto-base da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 282/2016, que prevê o fim das coligações partidárias e a inclusão de cláusulas de barreira, Beto Albuquerque avaliou isto como um primeiro passo. "Essa é uma medida que deve ser usada já nas eleições de 2018. Na verdade, essa deveria ser a única medida aprovada até lá" disse, assegurando que a reforma deva ser planejada, não alterada um ano antes das eleições.

Na visão de Bernardi, as mudanças estão servindo de "salva-mandato para quem já está no comando". Apoiando à manifestação, Bandeira completou que defende uma manutenção organizada, visto que "o importante é decidir a melhor proposta política para o Brasil e não só para garantir as eleições do próximo ano".

Segundo Ponte, o problema está nos integrantes do Congresso Nacional, que não sabem tomar as decisões pela população. "O governo presidencialista, da forma como está, não tem futuro. Só o parlamentarismo vai fazer com que seja possível uma correta divisão de participações no governo." Nessa linha, com poucas expectativas em relação às escolhas da sociedade, Bonatto argumentou que o problema está ligado às decisões políticas.

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