Presidente do CRC-RS fala sobre modelo de divulgação de receitas e despesas

Antônio Palacios foi o convidado desta edição do "Tá na Mesa", da Federasul

 

Antônio Palácios foi o convidado do evento

Antônio Palácios foi o convidado do evento "Tá na Mesa", da Federasul | Crédito: Ivan Andrade


O evento "Tá na Mesa" da Federasul desta quarta-feira, 8, recebeu o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), Antônio Palácios Palácios. No encontro, ele defendeu que o novo modelo de divulgação de receitas e despesas, que irá garantir mais transparência na prestação de contas, que promete simplificar a leitura dos números, podendo ser utilizado tanto pelas empresas públicas quanto privadas na divulgação dos balanços.
O presidente defendeu a clareza nas informações sobre a origem dos recursos e aplicação das riquezas. "As pessoas precisam ter uma participação mais ativa e cobrarem as informações", afirmou. Segundo ele, o novo modelo valerá para o exercício de 2017 e que serão publicados somente em 2018. "Às vezes parece difícil a leitura dos números para aqueles que não possuem proximidade com a área", reconheceu.
Ao ressaltar a importância da cultura da transparência, Palácios destacou a função dos observatórios, espaços compostos por representantes da sociedade civil que possuem a missão de controlar os gastos públicos. "No Rio Grande do Sul contamos com oito órgãos em atuação e 107 no Brasil". Já na iniciativa privada, ele informou que das mais de 5 milhões de empresas brasileiras, pouco menos de 700 publicam seus balanços. "Estas empresas também deveriam ter a obrigação de demonstrar receitas e despesas a população", comentou ao frisar que a prática já acontece na Holanda, Reino Unido e Estados Unidos.
Para o presidente do CRC-RS somente com a participação e avaliação da sociedade é garantida a eficiência das ações dos administradores das companhias. "Precisamos socializar essas informações", ratificou o presidente. Para ele, a Lei de Acesso à Informação deve amadurecer no Brasil, apesar de todo o esforço feito pelos órgãos de fiscalização. "As pessoas devem saber onde estão essas informações. Esse é um direito de todos".
Também está no universo de atuação da entidade o incentivo a destinação de parte do Imposto de Renda, de pessoas físicas e jurídicas, para o Fundo da Criança e o Fundo do Idoso do Rio Grande do Sul. "Em 2014 constatamos que dos R$ 300 milhões pagos ao leão apenas R$ 14 eram revertidos para Estado", comunicou ao contar que a campanha gerou resultados positivos e na última declaração do IR a previsão é de que R$ 30 milhões engrossem os recursos dos Fundos.

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