Cinco perguntas para Claiton Silva

Jornalista passou a coordenar o Gabinete de Gestão Integrada da Prefeitura de Novo Hamburgo e conversou com o portal em 21/02

Claiton Silva - Crédito: Rodrigo Ziebell/SSP

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Meu nome é Claiton, sou de Camaquã. Sou jornalista formado pela PUC com especialização em Cultura Digital e Redes Sociais (Unisinos). Em 2001, vim para Porto Alegre fazer faculdade e permaneci até 2008. Retornei por dois anos para Camaquã, onde trabalhei com rádio e assessoria de imprensa. Em 2011, me mudei para Canoas.

De 2011 a 2018, trabalhei no governo do Estado. Atuei no Gabinete do vice-governador e na Secretaria da Segurança Pública. Neste período, cobri pautas em cerca de 250 municípios gaúchos, diversos estados brasileiros e em países da América do Sul e Europa. Sou professor universitário, na Faculdade São Francisco de Assis, na qual ministro as disciplinas de Assessoria de Imprensa I e II. Faço parte, também, de um canal de YouTube especializado em cultura pop, o BlogBuster.

2 - Como e por que escolheu ser jornalista?

É uma soma de diversos fatores. Minhas aulas preferidas nos tempos de colégio eram Geografia e História. Sempre gostei muito de ler e investigar as coisas nos seus mínimos detalhes. Tenho paixão por literatura, cinema e histórias em quadrinhos. Junte isso ao fato de eu adorar contar histórias e temos uma escolha inevitável.

3 - O que significa na tua carreira coordenar o Gabinete de Gestão Integrada da Prefeitura de NH?

A nova missão representa um enorme desafio e uma oportunidade de crescimento profissional. Há, também, a realização pessoal. O município possui o projeto ambicioso de promover uma revitalização urbana que combina desenvolvimento econômico e social, por meio de uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Dentro disso, está a reestruturação da Secretaria Municipal de Segurança, que conta com o apoio da academia e de consultoria especializada. Não se trata apenas de replicar modelos de outros lugares, mas de fazer uma análise profunda da realidade local e utilizar referências bem-sucedidas na construção de políticas públicas. Ser o diretor do GGI-M significa ter a tarefa de estabelecer o diálogo com os mais diversos setores do poder público e da sociedade civil, garantindo que as iniciativas contem com a participação de todos os atores envolvidos no processo. Fazer parte deste trabalho e deixar a minha contribuição é instigante e recompensador.

4 - O que todo assessor de órgão público precisa saber?

Eu destaco três características básicas. A primeira é a pluralidade, pois não há como ser o responsável pela comunicação de um órgão público sem estar preparado para lidar com todos os profissionais de imprensa, independentemente do viés ideológico ou da linha editorial, com isonomia de tratamento e conhecimento do veículo a ser atendido.

A segunda é saber que a fonte é o assessorado, o chefe. O assessor é um elo entre a imprensa e a instituição que ele representa. Ele não é a instituição, até porque ninguém é insubstituível. Ter relacionamento estreito com os mais diversos níveis de hierarquia das redações é essencial, mas jamais devemos esquecer que a declaração que vale é a de quem decide, de quem tem o poder da caneta. A discrição é uma virtude valorizada por muitos colegas e pela maioria dos assessorados.

A terceira é compreender certas peculiaridades do setor público. Na iniciativa privada, há a liberdade de trabalhar a informação das mais variadas formas, com o objetivo de maximizar resultados. No âmbito governamental, muitas vezes isso não é possível. Vamos pensar em vacinas vencidas, por exemplo. O assessor, num caso desses, deve ter o discernimento necessário para estabelecer o fluxo de informação de forma coesa e abrangente. Trata-se de uma questão que afeta diretamente a vida das pessoas.

5 - Quais são os teus planos para daqui a cinco anos?

Ter iniciado e concluído mestrado e, se possível, estar cursando doutorado. Pretendo, cada vez mais, investir na pesquisa e na docência. Em paralelo, gostaria de poder olhar para trás e avaliar os últimos cinco anos de forma positiva, tendo deixado um legado de trabalho e bom relacionamento semelhante ao que deixei no governo do Estado.

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