Comfoco: De gente para gente

Agência de Endomarketing prima também pelo seu público interno

Ao entrar na sede da Comfoco, localizada na rua Plínio Brasil Milano, um grande adesivo na parede a apresenta: "gente faz todo sentido". Algo que é comum às empresas que trabalham com Endomarketing. Porém, a agência fundada por Ana e Renato Rimoli não se preocupa somente com o público interno dos clientes. O bem-estar e a felicidade dos colaboradores são fundamentais, cuidado esse que ultrapassa as visíveis alegria e admiração dos funcionários. Enquanto uma das colaboradoras é uma psicóloga, que os auxilia com problemas pessoais e profissionais, há um recanto no segundo piso, decorado com sofás, em uma área aberta, que recebe desde churrascos até visitas para contemplar o pôr do sol.

Os 25 funcionários, divididos, nos setores de Atendimento, Criação, Editorial, Finalização e Produção, são comandados pelos três diretores Alessandra Flach, que comanda a área de Operações, e os sócios-fundadores, Ana e Renato. Casados, eles se complementam na gestão da empresa. Enquanto a esposa lida mais com projetos e planejamento, o marido é encarregado da parte mais humana, por isso toda a estrutura e apoio da agência é com ele. Não é à toa que, quando alguém está com uma dúvida técnica, entra na sala da relações-públicas e, caso esteja precisando desabafar e conversar, é ao jornalista que recorre. "A fórmula do sucesso da Comfoco é a sinergia que temos entre nós dois", reflete Renato.

Aliado a este fator, Ana rasga elogios à equipe, cuja dedicação e empenho tornam o ambiente agradável e focado, algo que surpreendeu o coordenador de Criação, Felipe Altenhofen, quando entrou na empresa após ter trabalhado em outras agências. "Estou com quase 20 anos de carreira e, pela primeira vez, não vejo rixa entre as áreas", confidencia ele, que convive nessa harmonia há sete anos. Mesmo tempo que o outro coordenador de Criação, Arthur Raupp, que acredita estar cercado de pessoas que querem não somente o melhor para a empresa, mas, também, dos funcionários.

A copeira Marta Angelita da Silva, chamada carinhosamente de Martinha, comprova a fala do colega. A colaboradora com mais tempo de casa, oito anos,  diz-se a mãezona protetora e cuidadora do pessoal, e relata que não se sente no trabalho. "É como se eu estivesse em casa. Aqui, temos liberdade para falar, opinar e expor ideias e sempre somos escutados", conta, ao relacionar esse espírito como algo familiar.

Este pensamento é unânime até mesmo, para quem chegou agora. A executiva de contas Karin Souza, há cerca de um mês na Comfoco, percebe que não há diferenciação e diz que não se sente desamparada, pois todos se propõem a ajudar no que for preciso. "Somos um time. A pauta ou o problema é de todos e não de alguém ou de um departamento específico", relata. Alessandra resume: "Fazer parte desta equipe é realizar o bem, com qualidade, em prol de bons resultados".

Para sempre Comfoco

Com todas estas características, não é por menos que a baixa rotatividade é uma das características da agência. E, muitas vezes, quem sai não deixa a empresa por completo. A executiva de contas Roberta Alvim trabalhou na Comfoco de 2011 a 2013 e, após cinco anos, retornou. "O clima daqui é o melhor que já tive em locais de trabalho. Os colegas são meus amigos e vão ser para sempre, pois confiamos muito uns nos outros", relata. Ela reflete, ainda, que a confiança que tem nos diretores e o olho no olho fazem diferença quando o quesito é gostar de onde se passa boa parte do dia. Outro fator importante, ao seu ver, é a valorização dos gestores perante quem deseja permanecer na agência.

A redatora Camila Tauchen teve a empresa de Endomarketing como primeiro emprego e, ao longo de sete anos, já protagonizou muitas idas e vindas. O último retorno aconteceu neste ano, como freelancer. Dentre os pontos os quais ela destaca que a fazem retornar estão a segurança e estabilidade que os chefes transmitem, além de perceberem o ponto forte de cada um e explorarem isso. "Volto sempre pois sinto que aqui o meu trabalho é valorizado", comenta.

Além delas, há muitos outros casos, como uma antiga funcionária que está morando em Portugal, mas continua realizando freelas. Há também quem sai da empresa para se dedicar ao ramo gastronômico e realiza visitas para vender o que está produzindo no momento, como cookies e pães sem glúten e lactose. Segundo Ana, é muito bom poder contar com pessoas que já saíram. "Isto que é bacana, quando a gente constrói uma relação profissional e emocional com pessoas que, independentemente de ter acabado o vínculo empregatício, continuamos ligados", opina, ao apontar que este é o maior ativo da Comfoco.

Felicidade que paira

Com tanto entrosamento e carinho entre a equipe, o que não faltam são comemorações e happy hours. Exemplo deles são os churrascos no terraço, festas juninas e alguma desculpa para chamar uma tele-entrega a fim de reunir o pessoal na cozinha - local de maior interação da equipe. A mais aguardada, porém, é a festa de Halloween, na qual todos se envolvem a fim de elaborarem uma fantasia criativa.

Foi justamente com o intuito de proporcionarem estes momentos de confraternização que Ana e Renato decidiram subir três andares no prédio. Locatários de uma sala no segundo piso, foi a grande área abandonada e ao ar livre que os fizeram se mudar, e trocarem um pavimento por dois. Ambiente esse que, quando não está em festa, é muito tranquilo, em vista do perfil que os gestores procuram de pessoas calmas e focadas.

As salas envidraçadas da diretoria convergem com o grande espaço em conceito aberto, composto por ilhas divididas por setores. Ainda na parte de baixo se localiza a cozinha, na qual acolhe canecas personalizadas da equipe. Após um mês de Comfoco, cada colaborador ganha uma com o seu nome e a frase que mais disse até aquele momento.

Logo em cima, além do terraço, o local abriga uma sala de reuniões repleta de quadros com frases motivadoras, além de um ambiente dedicado aos momentos de brainstorm. Totalmente criativa, a área possui muitos espaços em branco para escrever o que vier à mente, além de pufes que os atraem para um descanso no sol em dias mais frios.

Histórias, nossas histórias

Assim como a maioria das empresas, os colaboradores possuem grupos nas redes sociais nos quais trocam mensagens com os atuais e antigos colegas. Porém, não é o único canal de comunicação. Mais uma vez trazendo o trabalho para casa, criaram o 'Indrops Comfoco' - newsletter colaborativa que relata as novidades e referências do mercado.

Quando não estão abastecendo a news, é para o 'Meu colega é um poeta' que escrevem. Nesse livro, criado por uma antiga diretora de Arte, são narradas as pérolas que acontecem no ambiente de trabalho. Histórias engraçadas e peculiares não faltam para ilustrar a publicação que já possui mais de 400 frases.

É o caso do antigo colaborador que foi trabalhar após ter passado a noite em uma festa. Sonolento, foi aconselhado pelo coordenador de Criação a tomar um café e dar uma arejada, porém, o funcionário acabou sumindo. Foram procurá-lo no final do expediente e, como não o acharam, trancaram a agência e ligaram o alarme normalmente. Às 22h daquela noite, a empresa de segurança ligou para Renato afirmando que disparou o alarme do local. Conclusão: o jovem passou o dia dormindo em um andar acima da cobertura, onde há dificuldade de acesso e, por isso, só é visitado com o propósito de admirar o pôr do sol. Quando acordou, tentou abrir uma porta e soou o alerta. No outro dia, estava com um lado totalmente queimado do tempo que havia passado no sol.

Outro momento que marcou a diversão da equipe foi o aniversário de 50 anos do arte-finalista Sérgio Vieira, conhecido como Serginho. Muito querido por todos, o pessoal resolveu homenageá-lo e preparar uma surpresa. Para tal, decidiram recordar os anos 90 e contrataram um carro de som. No pacote, havia o direito de escolher cinco músicas, além de presentear o aniversariante com um quadro e soltar fogos de artifício com 12 tiros. "Era o escândalo que precisávamos", divertiu-se o coordenador de Criação Arthur, relembrando o momento.

Um dos hits escolhido para tocar na hora foi 'Vai Malandra', de Anitta, com a troca da palavra 'malandra' por 'Serginho'. Este ficou muito empolgado, segundo o relato dos colegas, e saiu com pressa do prédio para encontrar o locutor que estava no carro, do outro lado da Plínio. Após receber o mimo, o momento foi encerrado com a queima dos fogos de artifício, em uma das ruas mais movimentadas de Porto Alegre, e com a felicidade de Sérgio estampada no rosto.

Narrativas como esta é que desenham e solidificam a trajetória da Comfoco, que se empenha pela felicidade e bem-estar dos clientes, e realiza isto com excelência, mas não deixa de olhar para quem constrói cada tijolo da história da agência. Um local que é feito por gente, para gente e que prima por este quesito tão essencial. Afinal, por trás de uma máquina há sempre uma pessoa com foco.

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