Presidente da Abap defende novos modelos de negócios na Propaganda

Para Mario de D´Andrea, a busca por alternativas pode salvar os resultados das agências

Ele é presidente nacional da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap) e também da Dentsu Creative Group, que engloba as agências Dentsu e Mcgarrybowen. Mario de D´Andrea não ignora as dificuldades que a economia do País enfrenta, mas vê nos novos modelos de negócios a alternativa para salvar os resultados das agências. "A queda nas margens de resultado, bem como no faturamento, são fatores de preocupação, mas também de ajustes e busca de novas incursões", disse, em sua recente vinda a Porto Alegre para uma agenda com associados e diretores de agências.

Ao lado do presidente regional da Abap RS, Mauro Dorfmann, D´Andrea traçou um paralelo entre agências brasileiras e estrangeiras, especialmente por atuar em uma agência japonesa. Em um encontro com a imprensa que cobre o mercado gaúcho da Propaganda, o executivo afirmou que o modelo oriental é muito parecido com o brasileiro, mas mais próximo do americano, por ser mais full service e mais tecnológico. "Lá, eles atuam com a mesma departamentalização básica, mas oferecem mais soluções aos clientes. E é nisso que deveríamos nos espelhar", afirmou, salientando que entende que agências e veículos "estão na mesma encruzilhada, buscando alternativas e reposicionando as estruturas".

Ao traçar cenários sobre o mercado publicitário de modo geral, a questão da migração de talentos gaúchos para, especialmente, o mercado paulista foi tida como algo mais global do que local. "Estamos na segunda onda. Na primeira, víamos o moleque de 25 anos abandonar o País para buscar aprendizado e voltar com a bagagem cheia. Agora, os profissionais incluem a família toda nessa viagem. Ou seja, une talento e experiência, mas também a vontade de não mais viver no Brasil, infelizmente."

Após atualizar sobre as metas de sua gestão à frente da entidade, assumida em maio deste ano, D´Andrea entregou um estudo feito pela Deloitte no Brasil. No documento, podem ser conferidos modelos elaborados pela mesma no Reino Unido, que traz dados atualizados e comparados com outras nações, sobre a performance da propaganda.

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