Cinco perguntas para Juliana Müller

Relações-públicas assumiu a presidência da ABRP nacional

Juliana é a nova presidente da ABRP nacional - Divulgação

1 - Quem é você, de onde vem e o que faz?

Juliana Müller, relações-públicas formada pela Ulbra em 2009. Natural de Montenegro, iniciei na área da Comunicação como estagiária em uma agência na minha cidade natal. Mas, os profissionais de Relações Públicas não são (re)conhecidos por lá e optei por seguir meu caminho na capital gaúcha, com mais oportunidades e áreas de atuação. Meu foco profissional são os eventos corporativos como ferramenta de marketing institucional. Existe, ainda, um certo preconceito com os RP's que escolhem esse segmento na profissão porque Relações Públicas é muito mais do que 'organizar festinha', mas tenho orgulho do que faço e tenho o reconhecimento do meu trabalho. Hoje, coordeno o departamento de Comunicação e Eventos na Câmara Brasil-Alemanha e posso afirmar que fazer evento envolve, além da produção em si, o desenvolvimento de gestão, gerenciamento e prevenção de crises, reconhecimento de marca e planejamento de mídia. Ou seja, exatamente aquilo que um relações-públicas se propõe.

2 - Como se deu a escolha pelo curso de Relações Públicas?

Não escolhi, ela me escolheu. Enquanto estudante, ainda, de Artes Visuais, queria trocar para Publicidade e Propaganda. Quando cheguei à coordenação do curso de Comunicação da Ulbra (que é integrada), o professor que me atendeu fez uma 'entrevista' e me sugeriu fazer RP, que eu nem sabia o que era. Disse que meu perfil era de gestão da comunicação, porque eu já atuava como voluntária no Diretório Acadêmico (DA), colaborando na produção de congressos, seminários, palestras, bem como nas estratégias de divulgação dentro do campus.

3 - Como foi assumir a presidência da ABRP nacional?

Uma responsabilidade e tanto, principalmente pela tarefa de liderar um grupo de profissionais tão gabaritado. Por sinal, muitos ali atuam como RP's há muito mais tempo que eu e, quando resolvi assumir esta posição, fiz pensando no trabalho que a nossa regional tem feito. Muito importante salientar que esta não é uma conquista só pessoal, é um reconhecimento do que estamos fazendo aqui no Sul desde 2014. Assumi essa tarefa para difundir para os outros estados a valorização das Relações Públicas. Somos uma das poucas profissionais regulamentadas, que tem uma lei que nos habilita a fazer a gestão da comunicação. Precisamos usar isso ao nosso favor e este é o papel da ABRP.

Ao todo, somos oito pessoas, entre professores de RP e profissionais de mercado, que engloba São Paulo, Distrito Federal, Bahia, Amazonas e Rio de Janeiro. Ou seja, realidades e vivências distintas que se complementam para um bem comum: qualificar, valorizar e fazer a gestão do relacionamento entre profissionais e estudantes de Comunicação.

4 - O que significa na sua carreira assumir este desafio?

Trabalho em conjunto reconhecido. Dentro do universo das Relações Públicas temos profissionais altamente qualificados e diferenciados, mas nem sempre se disponibilizam a uma empreitada voluntária em prol do bem comum. Muitos não têm tempo, outros têm receio de assumir responsabilidades, alguns não querem se comprometer com demandas extras e não remuneradas. O que posso dizer, com toda certeza, é que assumir este desafio não é nada fácil e pensei muito antes de tomar essa decisão. Tento pensar que estou fazendo minha parte e contribuindo como posso, mas não cheguei aqui sozinha. Se hoje assumi a gestão deste grupo nacional, muito se deve ao incentivo e cooperação dos colegas da ABRP RS/SC, tanto da primeira gestão quanto da segunda, que assumimos em 2017, dando continuidade a um trabalho lindo de valorização profissional. Gratidão é a palavra.

5 - Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Evoluir cada vez mais. Pretendo ter melhor estabilidade profissional dentro da área da comunicação, focar no mestrado e fazer com que a ABRP tenha mais reconhecimento por parte dos estudantes e profissionais de Relações Públicas. A única certeza que eu tenho em relação ao futuro é que não quero ser igual ao que sou hoje. Se, em cinco anos nada mudar, sinal de que eu não fiz o meu papel e todo o esforço não valeu a pena. Enquanto carreira, acredito que em um futuro breve será o momento de me lançar em novos desafios profissionais, onde eu possa desenvolver mais a minha atuação dentro da Comunicação. Gostaria que, em cinco anos, novas oportunidades surgissem a ponto de reativar o brilho no olho que faz a gente sair de casa todos os dias em busca de aprimoramento profissional e reconhecimento do trabalho.

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