Cinco perguntas para Tatiane Mizetti

Diretora da Reverso Comunicação Integrada compartilha os desafios de empreender na área de Relações Públicas

Tatiane | Divulgação

  1. Quem é você, de onde vem e o que faz?

Sou uma moça do Interior, que, por questões da vida, veio morar na Capital com 13 anos. Nasci em Pelotas, mas fiquei dividida na infância entre minha cidade natal e a Praia do Cassino, em Rio Grande, por isso, me sinto dos dois lugares. Gosto de me manter alinhada às minhas raízes, e sempre brinco que jamais devemos esquecer o lugar de onde viemos. Hoje, em um mundo de tantas emoções falsas na internet, é fundamental ter uma base sólida.

Sou diretora da Reverso Comunicação Integrada, agência que fundei em 2011 com minha sócia Grazieli Gotardo. Oficialmente neste ano, pois já estávamos estruturando o projeto desde 2006 - mas como empreender é uma caminhada longa, tivemos que ir trilhando ela até ter um CNPJ. Também sou vice-presidente da Associação Brasileira dos Agentes Digitais no Estado (Abradi-RS) na gestão 2017-2019, uma missão que recebi com muito carinho e que é bem desafiadora.

  1. Como se deu a escolha pela atuação na área de Relações Públicas?

Eu era recreacionista, trabalhava em festas de aniversários e de empresas. Uma vez, na extinta Varig, vi uma moça trabalhando, lembro que ela falava com todos e era bem respeitada. Perguntei o que ela fazia e a resposta foi: relações-públicas. Após, fui pesquisar sobre a profissão, procurei o Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas (Conrerp) em uma feira e, então, decidi prestar vestibular na área. Apaixonei-me, principalmente com as atividades voltadas ao planejamento e estratégia no ambiente corporativo. O setor é muito rico e é possível escolher para qual lado vamos atuar.

  1. Qual a importância de falar sobre empreendedorismo na sua área de formação?

A importância é total. Escolhi ter uma empresa em um mercado que, no Brasil, era bastante desconhecido. Ainda temos um caminho a percorrer, mas na minha época de universidade ser RP era algo muito confuso dentro do próprio mercado de comunicação. Hoje, as pessoas entendem mais sobre a importância de conhecer seus públicos e ter ações direcionadas, e que os indivíduos não devem ser manipulados para serem estimulados a fazer algo.

Tudo isso é uma construção. Empreender não é só montar um negócio, mas desenvolver ações para que você evolua junto. Para empreender, deve-se arriscar e ter coragem. Criar atividades de comunicação dentro de diferentes empresas com culturas distintas é realmente algo desafiador.

  1. Como vice-presidente da Abradi-RS, quais são os principais desafios para os profissionais de Comunicação que atuam com digital?

Neste caso, ser de comunicação é algo muito bom. Quando transitamos em ambientes mais técnicos, temos a oportunidade de unir pessoas e mostrar como as técnicas podem facilitar isso. Meu trabalho na Abradi-RS é muito voltado à Comunicação, pois uma entidade precisa se relacionar. Além de desenvolver atividades, criar oportunidade para o setor é fundamental para que ela se relacione com outros segmentos.

As empresas precisam fazer negócios e ficar só no "pátio" de casa discutindo problemas não faz com que os serviços e possibilidades cheguem em quem compra. O convite para minha participação na entidade teve este objetivo e está sendo muito rica esta construção e nós estamos articulando com outras áreas de maneira muito positiva.

  1. Quais são os seus planos para daqui a cinco anos?

Pergunta difícil, gosto de viver o hoje. Lógico que tenho sonhos e objetivos. Ver a minha empresa crescendo e desenvolvendo projetos alinhados com a nossa forma de atuar e pensar é um deles. Também acredito muito que empreender tem um objetivo maior na evolução e ter a oportunidade de gerar empregos e desenvolver áreas é algo fascinante. Gosto de desenvolvimento e desafios, isso realmente me fascina. Quero, de alguma forma, compartilhar mais as minhas experiências de RP e empreendedora, pois penso que a troca é fundamental e temos que colaborar uns com os outros.

Tenho planos pessoais. Dentro de cinco anos, quero passar uns 20 dias na Disney, nos Estados Unidos, realizando o sonho de conhecer o Mickey e a Minnie. Acredito que sem isso e imaginação não chegamos em lugar nenhum e este mundo infantil me encanta. É mágico e verdadeiro, e faz com que se consiga ir além da imaginação.

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