Presidente do Conferp afirma: "RP têm papel fundamental para a sociedade"

Gaúcho, Marcelo Tavares conversou com a equipe de Coletiva.net para falar sobre os planos para a gestão 2019/2022

Marcelo Tavares, presidente do Conferp - Divulgação

Eleito no final do ano passado para presidir o Conselho Federal de Profissionais de Relações Públicas (Conferp), o gaúcho Marcelo Tavares conversou com a equipe de Coletiva.net para falar de seus planos para a gestão 2019/2022. Dentre outros assuntos, o dirigente comentou que seu foco está centrado na inovação das práticas da autarquia com três pilares: os registrados, o mercado e a academia. "Estamos convictos de que as Relações Públicas têm um papel estratégico fundamental para a comunicação corporativa e para a sociedade", registrou.

Tavares acredita que, embora o País enfrente uma crise econômica, social e política, as organizações precisam, cada vez mais, gerir seus relacionamentos com os públicos de forma assertiva. Ele lembrou, ainda, que, neste ano, o Sistema Conferp/Conrerps comemora 50 anos de atuação no Brasil, e, ao longo deste período, a área viu o surgimento de novas facetas e possibilidades de atuação do profissional. "Nosso principal foco será a valorização da profissão e a busca pela visibilidade do papel estratégico dos relações-públicas no contexto da comunicação das empresas", mencionou.

Os desafios são grandes, conforme alertou, pois cada região vive um contexto diferenciado. Para isto, a primeira ação é um mapeamento estratégico da realidade das seis regionais, especialmente pelo olhar ampliado das atuações e condições de funcionamento de cada Conselho Regional. "Estamos intensificando a atuação da Corregedoria, que visitará as sedes em Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, de fevereiro a abril, para traçarmos um planejamento para as ações da Gestão 2019/2022", adiantou.

Além do relacionamento com registrados, mercado e academia, está no escopo das ações a atuação da prática de Relações Públicas em novas frentes e espaços, como o caso da mediação e conflitos judiciais em organizações. Também está na proposta atuar com relacionamentos estratégicos com Conselhos de outras profissões regulamentadas, entidades científicas da área e, especialmente, com as representações do mercado profissional.

Para Tavares, a frase "o que faz um RP" ainda ecoa na sociedade, inclusive, para o profissional que atua no mercado, e isto implica em uma falta de reconhecimento e valor da sua formação. "O cenário contemporâneo reconfigurou as lógicas da atuação de Relações Públicas, mas a essência da profissão continua a mesma, e a categoria precisa reativar o seu amor e valorização pela área", sentenciou, complementando que este, na sua opinião, é o principal desafio da gestão. "Acreditamos, com plena convicção, no potencial das Relações Públicas e vamos trabalhar em prol da valorização da nossa atuação no mundo corporativo e na sociedade."

Marcelo Tavares é formado em Relações Públicas pela Ulbra e é mestre e doutorando em Comunicação Social pela PUC. Professor e coordenador do curso de RP da Uniritter, em Porto Alegre, ele foi presidente da ABRP RS/SC na gestão 2014/2017, tendo participado do movimento de reabertura da Associação Brasileira de Relações Públicas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

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