Discussão sobre futuro das campanhas publicitárias encerra Share Talks POA

Diretor de Criação da Accenture, Eco Moliterno falou que não dá para ignorar os movimentos que estão chegando no mercado

Intitulada 'PublicidaDE: PARA', a discussão sobre o que vem por aí na área da Propaganda encerrou a programação da 50ª edição do Share Talks POA, promovida na ESPM-Sul. A exposição do tema ficou a cargo do diretor de Criação da Accenture, Eco Moliterno, que disse que não dá mais para ignorar os movimentos que estão chegando no mercado. "Não é porque ainda vivemos de um determinado modelo que devemos mantê-lo", falou, referindo-se à postura de agências tradicionais.

Argumentou que, apesar de estar sendo rentável, o modelo antigo dos negócios deve passar por uma reformulação, na qual envolve uma transição lenta. Alertou para que os presidentes das empresas de Propaganda não deixem para a última hora, quando já tiver acontecido um esgotamento do formato. Na sequência, Eco contextualizou com áreas que sofreram mudanças, como a de Mídia.

Neste segmento, observou que haviam poucas possibilidades de veiculação de ações nos meios de comunicação, enquanto hoje há uma variedade maior. "O mobile assume o protagonismo que era da TV. Ou melhor, ele a engoliu", completou, projetando que o celular será o controle remoto do mundo. Esse comportamento deve ser considerado pelos publicitários, destacou Eco. Ele acredita que o foco das campanhas não deve mais ser o público-alvo das marcas, mas quem ele atinge diariamente.

Ainda, opinou que a palavra 'digital' vai morrer a exemplo dos termos 'eletrônico' e 'informática'. "Não haverá mais separação entre os ambientes físico e digital. Quem souber fazer isso ganhará o jogo", finalizou.

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