Trabalho a serviço da vida é defendido por André Foresti

Publicitário gaúcho radicado em São Paulo afirmou que é preciso refletir sobre práticas profissionais

André | Reprodução

O publicitário André Foresti, gaúcho radicado há 13 anos em São Paulo, palestrou no Share Talks POA neste sábado, 24. Na ocasião, defendeu que o trabalho esteja a serviço da vida, pois o mundo está em constante transformação. Para estimular a plateia, que lotou o auditório do Prédio B da ESPM-Sul, pediu que refletissem, internamente, sobre o que as pessoas têm feito com o tempo, qual o valor do trabalho e seu impacto, e se, ao retornar para casa, existe animação ou só há cansaço.

Otimista, Foresti afirmou que enxerga uma reação por parte dos profissionais em não se contentar com a vida corporativa de modelos ultrapassados. "A gente sabe que existe muitas chatices, burocracias, correrias, reuniões e perda de tempo nas empresas", comentou, acrescentando que não se deve permitir que as pressões e urgências, que deixam as pessoas pouco envolvidas nos processos, tomem conta da rotina. "Precisamos de engajamento para fazer a diferença."

De acordo com o publicitário, que atua com Planejamento há 19 anos, comentou que ouve, frequentemente, que o mundo mudou, mas que, na verdade, ele nunca deixou de se alterar. A diferença está na velocidade da transformação e "isso assusta". Ele observou que uma das causas para se manter inerte é o medo de dar o primeiro passo e de tomar a iniciativa da transição da cultura das organizações. "Muita teoria e pouca ação. Por que não dividir o orçamento e investir em inovação, como o Google faz?", sugeriu.

A originalidade e o conformismo também foram tópicos abordados por Foresti, que garantiu que em ambas as opções as pessoas podem ser felizes. Porém, alertou para as desvantagens em se manter acomodado no passado ou nas práticas antigas das empresas. "Ser original dói, dá trabalho e insônia, além de gerar julgamentos, mas traz uma recompensa positiva no final. O conformismo transmite tranquilidade. É a droga do alívio imediato."

Das práticas antigas, destacou que o que há é um pensamento do começo da revolução industrial rondando os negócios. A partir disso, comentou que é preciso reduzir as cargas horárias e realocar os profissionais dentro das organizações em funções que se encaixem com seus perfis.

Outra sugestão foi flexibilizar o modelo e atualizar a cultura organizacional. "Profissional e pessoal devem se misturar e resultar em qualidade de vida, felicidade e prazer", pontuou, observando que o futuro é inteligente, fluído, ágil, coletivo e produtivo. Ainda, recordou que não há mais espaço para estratégias "preto no branco", mas para ideias híbridas.

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