Marketing de Influência: a chave é entender a audiência

Ryan Berger, da Hypr; Sarah Flynn, da Thirty Five Venture; e Courtney Spritzer, da Socialfly, falaram sobre o assunto

Marketing de influência é pauta no SXSW - Crédito: Divulgação

Por Gabriela Boesel, enviada especial ao SXSW       

O futuro do marketing de influência foi o assunto principal do painel Influencer Marketing in 2025: The Future of Human Media. O assunto foi debatido por Ryan Berger, da Hypr; Sarah Flynn, da Thirty Five Venture; e Courtney Spritzer, da Socialfly, que concluíram que a chave para o sucesso é entender a audiência. "Não é só ter um número alto de likes ou comentários, mas saber de onde essas interações vêm", declarou Ryan.

Segundo ele, o marketing de influência explodiu nos últimos cinco anos, porém, ele, que nasceu no universo da propaganda, já fazia isso há mais tempo. "A tecnologia permitiu esse crescimento, que as pessoas espalhem suas ideias com mais eficiência. A tecnologia criou um mundo em que a palavra se espalha com mais facilidade e para milhões de pessoas", informou. Sarah, no entanto, questionou o fato de que isso também resulta em muita exposição, além de que as pessoas, agora, passam o dia inteiro no celular.

Ryan também falou sobre a quantidade de transformações acontecendo ao mesmo tempo, paralelamente, com muitas pessoas se lançando nas redes diariamente, virando influenciadoras, além de dezenas de eventos de inovação. "Muitas marcas usam as plataformas para postar fotos e informação, mas o marketing de influência é muito baseado no mundo real, nos investimentos que as empresas fazem, nos eventos que produzem", listou o sócio da Hyper.

Sarah entende que os influenciadores de hoje precisam pensar no que querem para o futuro, pois esse universo das mídias sociais está em constante transformação. "Acho que é importante pensar na longevidade das carreiras, ver o que é viável para viver e o que não é sustentável a longo prazo", falou e questionou: "E se o Instagram mudar em alguns anos? Investi muito dinheiro no My Space e ele acabou. É preciso se preparar para as mudanças".

Sobre microinfluenciadores, Ryan acredita que eles, que têm cerca de mil seguidores, possuem uma audiência mais dedicada e engajada. Ele também imagina que, assim como surgiram os influenciadores e os micro, surgirão, em breve, os nanoinfluenciadores. "Eles fazem um trabalho efetivo e a chave é encontrar essas pessoas a partir da tecnologia, rastrear." Ele também aconselhou aos que querem viver disso: "As marcas não devem trabalhar com um influenciador que busca dinheiro a partir de post. A remuneração é consequência, não objetivo".

Courtney questionou sobre a autenticidade dos influenciadores, ao que Bryan constatou que eles não têm como ser autênticos o tempo todo, pois muitas vezes precisa tirar uma foto fazendo propaganda para a marca que patrocina, ou ir a um restaurante para promovê-lo nas redes sociais. A fundadora da Socialfly, que fez as vezes de mediadora do painel, aproveitou e comentou que os influenciadores constroem sua audiência e se identificam com ela, logo, precisam respeitar seus seguidores, que estão de olho na autenticidade.

O futuro dessa questão é incerto, porém, Ryan acredita que, em 2025, será similar ao que se vê hoje. Já Sarah defende que é preciso ficar de olho nas mudanças e no cenário em geral, para identificar o que pode seguir e o que pode acabar. "É só ver o que o e-mail fez com as cartas de correio", comparou.

O SXSW é um conjunto de festivais de cinema, música e tecnologia, que acontece anualmente desde 1987. A cobertura internacional de Coletiva.net é proporcionada pelo apoio das marcas Banrisul e Dinamize

      

Comentários