O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 21, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua 2016: acesso à internet e à televisão e posse de telefone móvel celular para uso pessoal. Entre os dados apurados, observou que duas das cinco regiões brasileiras apresentam maior dependência ao sinal analógico de TV aberta. Enquanto Sudeste (8,6%), Sul (9,1%) e Centro-Oeste (8,3%) demonstram menor vínculo, Norte (14,9%) e Nordeste (13,1%) apresentam lentidão no processo de transição.

"Norte e Nordeste têm os maiores percentuais de domicílios que ainda não contam com essa estrutura. São as regiões que têm os domicílios mais pobres, que não têm aparelhos tão modernos", explicou a gerente do estudo, Maria Lucia Vieira. Ela acredita que o levantamento possa auxiliar no mapeamento das famílias que não têm alternativa ao desligamento para que o governo possa tomar as providências necessárias.

No módulo Tecnologia da Informação e Comunicação da PNAD Contínua, também está registrado que, aproximadamente, 6,9 milhões de domicílios do Brasil - que representa 10,3% do território nacional -  ainda dependiam do sinal analógico para assistir TV no quarto trimestre de 2016. O estudo registra a possibilidade deste volume ficar sem acesso ao meio no caso do desligamento da frequência, previsto para estar concluído até 2023 em todo o País. Estes lares não possuem TV por assinatura, conversor ou antena parabólica.

De acordo com o secretário de Radiodifusão do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Moisés Queiroz Moreira, os dados apresentados pelo IBGE, hoje, são diferentes. "Os fatos de estarmos desligando o sinal em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro sem uma única reclamação mostra que esses números evoluíram muito de 2016 para cá." Ele também avalia que esse módulo da PNAD Contínua auxiliará no acompanhamento de toda a evolução desse processo.