UFSM lança Observatório da Comunicação de Crise

Em parceria com universidades brasileiras e portuguesas, iniciativa oferece conteúdo gratuito a fim de auxiliar práticas profissionais e acadêmicas

Observatório agrega universidades brasileiras e portuguesas - Divulgação

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) lançou, nesta quarta-feira, 8, o Observatório da Comunicação de Crise (OBCC). Desenvolvida em parceria com instituições de ensino superior brasileiras e portuguesas, a iniciativa reúne em um site diferentes produções sobre o tema. Conteúdos esses que podem ser acessados gratuitamente. O intuito é popularizar a ciência e, assim, contribuir com as práticas profissionais e acadêmicas. 

Entre os materiais disponíveis estão artigos, capítulos de livros, teses e dissertações, filmes, séries e documentários sobre o tema. Além de textos de opinião e análises de casos sobre acontecimentos atuais. No site, que pode ser acessado por este link, também serão abordados casos emergentes, para que possam ser evitados. 

Coordenada pelo professor Jones Machado, do departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, no campus de Frederico Westphalen, a equipe tem na composição as professoras Carolina Frazon Terra (Faculdade Cásper Líbero/Coordenação de Conteúdo), Daiane Scheid (UFSM/Coordenação de Monitoramento) e Patrícia Milano Pérsigo (UFSM/Coordenação de Pesquisa). Também estão no grupo o relações-públicas Jean Felipe Rossato (Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Ufrgs/Coordenação de Comunicação) e o acadêmico Francisco Ernesto Carvalho Soares (UFSM/Iniciação Científica).

Integram como conselheiros os professores: Andreia Athaydes (Faculdades Integradas de Taquara-Faccat), Gisela Gonçalves (Universidade Beira Interior-UBI) - de Portugal), João José Ferreira Forni (Comunicação & Crise), Jorge Duarte (Universidade de São Paulo - USP/Embrapa) e Luiz Alberto de Farias (USP). Além deles, estão os docentes Marlene Regina Marchiori (Universidade Estadual de Londrina-UEL), Paulo Nassar (USP/Associação Brasileira de Comunicação Empresarial-Aberje), Rudimar Baldissera (Ufrgs), Teresa Ruão (Universidade do Minho-UMinho - Portugal) e Wilson da Costa Bueno (USP).

Organizar, popularizar e orientar

Conforme o coordenador, o OBCC surgiu para preencher uma lacuna de historicidade, memória e aprendizado de casos críticos que aconteceram no Brasil. "Veio dessa dificuldade de buscar, encontrar e verificar esses cenários em termos práticos e teóricos", explica. Para o pesquisador, o diferencial da ação é a origem institucional no Grupo de Pesquisa em Estratégias Midiáticas Organizacionais (EstratO) da UFSM, em Frederico Westphalen.

O professor afirma que o projeto tem dois principais objetivos. O primeiro é sistematizar o conhecimento produzido sobre Comunicação de crise e de risco e gestão de dificuldades nas organizações. O segundo é o monitoramento das situações instáveis, com o acompanhamento da forma como a crise é gerenciada, as estratégias de Comunicação empreendidas e as práticas implementadas pelos profissionais da área, além da observação do desdobramento midiático desses casos. 

O coordenador acredita que, ao contribuir para a popularização da ciência, busca-se a aproximação com a sociedade. "Assim, oferecemos subsídios para práticas profissionais, pesquisas científicas, trabalhos em sala de aula, materiais para professores de graduação e pós-graduação, dando visibilidade à área". Ainda, o debate incentiva ao aperfeiçoamento das ações, não só de profissionais da Comunicação, como de Administração, Contabilidade e Economia. 

Parceira internacional

A parceria com as universidades portuguesas visa à troca de experiências e ao compartilhamento de informações "para mantermos as teorias sempre atualizadas e qualificadas". A intenção é, futuramente, ampliar as relações com mais países e publicar um livro.

O Observatório também contribui para a internacionalização da UFSM. Jones afirma que o intuito é que o tema se popularize, não apenas com acontecimentos brasileiros. "Logo, além dessa aproximação entre pesquisadores da área, buscaremos o intercâmbio de práticas comunicacionais e gerenciais, tendo acesso às perspectivas de outras localidades sobre casos e comparar com as nossas vivências, por exemplo", conclui.

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