"Consumidor espera que as marcas se posicionem", opina Danielle Bibas

CCO da Avon aborda que é preciso falar sobre problemas mais abrangentes do que o universo da empresa

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Para começar a troca de ideias acerca da temática proposta, o vice-presidente de Marketing do Grupo RBS, Marcelo Leite, indagou a dupla sobre a importância de ter uma marca forte e reconhecida. De acordo com a vice-presidente global de Marca, Comunicação e Conteúdo (CCO) da Avon, Danielle Bibas, o novo consumidor tem uma expectativa de que as marcas vão se posicionar e falar sobre problemas mais abrangentes, mas que toda a sociedade convive. "Antes, os publicitários falavam em lealdade, mas acredito que hoje não tem mais isso", opinou. Para ela, atualmente, o consumidor conhece uma marca como uma pessoa, ou seja, estreitando aos poucos o relacionamento. "Ficou mais complexo e com mais demora para construir marca", salientou.

A diretora de Marketing da Skol, Maria Fernanda Albuquerque, completou ao afirmar que o mercado é invadido por diversas marcas que estão brigando não só com as suas categorias, mas com todas. "Por isso, é preciso criar uma estrutura sólida e que crie vínculos", disse. A profissional salientou que as pessoas estão mais abertas, pois estão olhando para si e percebendo "eu era assim e agora não sou mais". "O consumidor quer ver as marcas mais humanas, e entende que elas podem errar", opinou.

Danielle completou ao abordar que a grande mensagem para as marcas de ser a mesma para todo mundo não funciona mais. "É preciso escolher com quem deseja se identificar e entender que nem todo mundo vai concordar", disse. A partir disso, as marcas precisaram lidar com a rejeição, o que se tornou um aprendizado frente aos comentários negativos. Maria Fernanda concordou: "É necessário entender que irão perder alguém, mas quem ficar com a marca terá laços mais profundos e será mais fácil não perdê-los", falou.

Leite ponderou que é difícil realizar campanhas e levar a verdade da marca, pois há tempos mais dificultosos. Danielle acha que a melhor maneira é se planejar e entender a situação para saber onde aplicar o dinheiro. "É saber que, muitas vezes, tem que fazer promoção e ter cada vez mais coragem e convicção do que propõe", explicou. Isso porque, ao ver de Maria Eduarda, o construtor de marca não tem papel só com a sua, mas com todas. "Acho que temos métricas para saber o quanto estamos gerando de conversa e saber o quanto impactamos na vida das pessoas", pontuou. De acordo com ela, essa geração de conteúdo se reflete nos comentários positivos que a equipe da Skol escuta ao realizar trainee com os jovens. "É muito bom para uma empresa que até pouco tempo era malvista", contou.

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