A humanização das marcas

Por Gil Giardelli Um manifesto publicado nos anos 2000 profetizou: saem os consumidores e entram as pessoas; vender é uma conversa a dois em …

18/12/2012 00:00
Por Gil Giardelli Um manifesto publicado nos anos 2000 profetizou: saem os consumidores e entram as pessoas; vender é uma conversa a dois em uma mesa. Atualmente, a grande revolução é falar com milhões de pessoas e cada uma ter a sensação de ser única, sem a necessidade de conversas ensurdecedoras. Young Moon, professora de Harvard, anunciou: ?O susurro é o novo grito no século XXI?. Isso significa que os mercados são feitos de sussurros porque as pessoas estão próximas, ninguém precisa gritar. E nesse sentido, ser transparente é obrigatório na era da cocriação. Em vez de conversar com as companhias aéreas, as pessoas querem trocar experiências, e fazem isso no FlyerTalk.com, uma comunidade de negócios de ávidos viajantes, que tem milhares de recomendações e comentários sobre voos. Neste tempo novo, pessoas querem seguir pessoas. Vivemos o império da credibilidade. Olhe em volta: empresas gigantescas têm menos relevância, seguidores, fãs e amigos que autores, celebridades e ativistas. Não importa o tamanho do negócio, é possível investir em sua presença nas redes. Diferentemente das mídias broadcast 1.0, nas quais você precisava de muito dinheiro para anunciar e colocar publicidade em revistas, rádios e televisão, as redes sociais são acessíveis. Sua marca pessoal ou corporativa precisa apenas de um excelente planejamento e vontade de inovar, ou seja, uma pequena empresa pode ter uma presença digital igual ou melhor que a queda de uma empresa secular de automóveis. Você apenas precisa estar pronto para responder críticas e dar feedbacks, os ícones das conversas 2.0. Sua empresa precisará ter a humildade de dizer simplesmente ?obrigado por colaborar? ou ?desculpe-nos, erramos?. Um dia desses, ao acessar minha conta no Flickr , algo deu errado e, em vez daquele chavão ?Nossos servidores estão com problemas, tente mais tarde? a mensagem era ?Ops, o Flickr está com soluço! Já, já melhora?. Em vez de me irritar, eu sorri. Vamos humanizar as relações digitais. Não se trata de humanizar uma marca e sim toda uma empresa. As histórias devem ser feitas por pessoas nas empresas, sem fim. A cada dia, um novo capítulo da relação é contado. Essa jornada é um processo cumulativo e contínuo de aprendizagem, que questiona, corrige e responde. É uma discussão aberta, colaborativa e distribuída, mas organizada.