Adianta ser líder sem saber para onde vai?

Por Max Rathke, para Coletiva.net

A Comunicação não resolve tudo. A frase pode ser seca e direta, mas é real. Ouvimos tanto que o problema das empresas é nesse quesito, que muitos não percebem que o furo é mais embaixo. Os empresários não sabem o que querem e nem pra onde querem ir.

Parece que estamos vivendo em um momento de estagnação. Um instante que todos parecem viver a expectativa de que algo nos tire de um estado de dormência. Alguns culpam a economia. Outros, o governo. E você, culpa quem? Ou pior, que desculpa quer escolher para sua vida não sair do lugar? Sua profissão ficar apenas na promessa - ou, ainda pior, sua empresa não crescer e quem sabe acumular alguns prejuízos e negócios fracassados?

Parece que quero escrever sobre o caos, sobre a depressão e falta de esperança que parecem ser compartilhados nas rodas de amigos e, principalmente, nas tão acessadas redes sociais. Mais do que nunca, a grama do vizinho parece não ser só mais verde, mas é a única que sobrevive ao mau tempo. Lembro sempre, em tom de brincadeira, o adesivo em um carro velho em meio ao rush: "Não me siga porque também estou perdido".

Na verdade, a sensação que temos ao visitar empresas, executivos e empreendedores é que o otimismo não está em alta, que está difícil contar boas notícias e motivar equipes. Mas como liderar uma organização, se não sabemos para onde queremos ir? Como motivar equipes, se deixamos de sonhar para cumprir metas de fim de ciclos? Como alavancar nosso negócio, conforme a visão planejada para o próximo ano ou após 2020?

A resposta está dentro de nós. Ou, nesse caso, dentro de casa, da nossa empresa, das pessoas que fazem o nosso negócio. Somente despertando desta nostalgia podemos saber o que realmente queremos e para onde iremos. E isso se faz através do despertar da Mente Coletiva. Somente mergulhando fundo para dentro da cultura empresarial e do Modelo Mental que é compartilhado na organização, poderemos reconfigurar e buscar uma nova visão de como alcançar os objetivos e, principalmente, os sonhos pelos quais fizeram a empresa existir de fato e de verdade.

É unindo, de forma dinâmica e aplicada, conceitos como Pensamento Sistêmico, Business Inteligence, Simulações Computacionais e Psicanálise Aplicada que podemos buscar questionar nosso próprio modo de pensar e agir para achar as respostas que irão nos catapultar para uma realidade que desejamos e que, do fundo do coração, queremos viver em nossas vidas profissionais e pessoais e, assim, apontar para o futuro e dizer com toda a convicção: "É na direção dos nossos sonhos que estamos caminhando."

Max Rathke é executivo do Sindicato das Agências de Propaganda do Rio Grande do Sul (Sinapro-RS) e mergulhador organizacional na Confluência.

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