Como as startups estão transformando estagiários em gestores

Por Carol Sawyer, para Coletiva.net

Para os jovens, o desenvolvimento profissional parece algo distante quando se ainda está no começo da carreira. Porém, isso se torna uma consequência natural quando eles se encontram nas famosas startups.

Por ser mais ansiosa, a geração Y possui muito mais expectativa quando tudo começa a evoluir. Sendo assim, tudo o que aprendem contribui para motivar e ajudar outros jovens que ainda estão iniciando na vida profissional.

O desenvolvimento desses novos profissionais ocorre de maneira mais rápida nas novas empresas emergentes exatamente por terem esse perfil mais imediatista.

Crescimento profissional em três atos

Jovens e startups quase sempre são um casamento perfeito, um deseja o outro - e não faltam pesquisas e estudos para atestar isso.

De um lado, o profissional vê na empresa de tecnologia a oportunidade de colocar em prática a sua motivação para mudar o mundo. É um atrativo também para o contratante, que busca pessoas interessadas em aprender e capazes de pensar em inovação e disrupção.

Ambos querem fugir da 'caixinha' e da mesmice.

O reflexo disso aparece no mercado de trabalho e no crescente número de jovens que passam a integrar os times em startups. E para os mais experientes, é a oportunidade ideal para rever a própria trajetória.

1. Estágio

Todo presidente de uma grande empresa um dia foi um profissional cru, sem experiência alguma, mas com muita vontade de aprender e realizar.

Se você acha que Paula Bellizia (CEO da Microsoft na América Latina) ou Cristina Palmaka (CEO da SAP Brasil) nunca bateram cabeça, está mais do que na hora de rever seus conceitos. O crescimento profissional dessas e outras referências da gestão empresarial pode ser semelhantes aos de muitos estudantes desesperados com o trabalho e as provas.

O estágio é onde muitos começam. Conciliar trabalho com estudo, ter sonhos, inseguranças e ser levemente impulsivo são características comuns.

Porém, aprendizados, incentivos e eventualmente alguns elogios são o que mostram que o crescimento está, de fato, acontecendo. Nessa fase da carreira, maturidade é algo que precisa ser trabalhado constantemente para entender que 'puxões de orelha' são vitais para formar uma boa experiência profissional e não cair na falácia do 'estagiário sofre'.

2. Assistente

É comum que nesta fase ainda a insegurança ainda esteja presente, o desconhecido ainda teima em dar as caras, especialmente quanto às funções de gestão já começam a aparecer. Afinal, em startups todos os braços são essenciais.

O trabalhador, então, deve começar a levar em conta um aspecto crucial para seu desenvolvimento diário: a motivação constante. Startups como o portal imobiliário Agente Imóvel buscam ajudar nesse sentido selecionando pessoas talentosas que buscam entender e 'ascender' no mercado de imóveis. Isso permite que haja confiança para abandonar os medos e ir rumo à tomada de decisões.

Claro que o importante é colocar à cara para bater, novas vivência são altamente enriquecedoras nessa etapa da carreira e é preciso entender que a zona de conforto fica para trás.

Mais a frente, nota-se que as empresas e os profissionais desse mercado contribuem não só para levar os jovens a posições executivas e, mas para deixá-los preparados para desafios, pois é comum que desempenhem várias funções com as quais não estão acostumados.

3. Gestão

Já em um cargo de gestão a lógica se inverte, as lições aprendidas, principalmente nas etapas onde não se tem experiência alguma, são decisivas para formar um profissional melhor e mais bem preparado.

O importante é fazer a pergunta: "Qual o chefe que eu gostaria de ter tido quando começou?".

Lembrando sempre de manter a calma, ser compreensivo, saber a hora certa de cobrar e ter disposição para ensinar são as características que se espera de um bom gestor.

O crescimento ao alcance de todos

O ambiente em startups é propício para o crescimento e desenvolvimento de competências e habilidades importantes, como autonomia, confiança e flexibilidade.

É nesse local que os profissionais são preparados para tomar decisões assertivas, além de entender as necessidades do mercado e o momento de cada colaborador.

Entre estagiários, assistentes e gestores, todos crescem quando se abre espaço para novas ideias, além de estar disposto a aprender e ensinar.

Há competitividade, pressão e mudanças constantes. Mas mesmo aquilo que soa negativo para alguns, é estimulante para outros. O importante é ter uma meta em mente, a evolução.

Carol Sawyer, jornalista e redatora freelancer em startups brasileiras.

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